Estado Islâmico reivindica o seu primeiro atentado em Omã

O Estado Islâmico (EI) reivindicou hoje o tiroteio de segunda-feira à noite que causou a morte de nove pessoas, incluindo os três atacantes, em Mascate, no primeiro ataque executado pelo grupo 'jihadista' neste país do Golfo Pérsico.

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© Getty Images

Lusa
16/07/2024 23:14 ‧ 16/07/2024 por Lusa

Mundo

EI

Segundo a agência Amaq, órgão de propaganda do EI, três combatentes do EI "atacaram uma reunião de xiitas que realizavam os seus rituais anuais num templo xiita na região de Al Wadi al Kabir da capital" Mascate, em referência ao dia de Ashura, o mais importante para o ramo do xiismo.

 

Segundo a Amaq, que mostra a imagem de rosto aberto dos três atacantes com uma bandeira do EI, estes "abriram fogo com metralhadoras contra os xiitas e depois entraram em confronto com as forças de segurança que chegaram ao local, e os confrontos continuaram até esta manhã [terça-feira]", sem adiantar mais pormenores.

No total, segundo esta fonte, o ataque fez "mais de 30 xiitas mortos e feridos e cinco membros das forças de Omã, incluindo um polícia".

A Polícia de Omã indicou hoje que o incidente -- expressão utilizada sem usar a palavra terrorismo -- provocou "a morte de cinco pessoas, além de um agente da polícia e dos três agressores", enquanto outras 28 pessoas de diferentes nacionalidades ficaram feridas.

A Embaixada do Paquistão em Omã identificou quatro mortos como sendo seus cidadãos e outros 30 estão em hospitais do país do Golfo Pérsico a receber tratamento, de acordo com um comunicado na rede social X.

Vídeos que circularam durante a noite nas redes sociais mostraram imagens de patrulhas policiais perto de uma mesquita em Al Wadi al Kabir e no meio do som de tiros, num acontecimento que abalou a comunidade paquistanesa do país.

O Omã faz fronteira com o Iémen, onde está presente um afiliado do EI e já ameaçou o país do Golfo em ocasiões anteriores.

No entanto, o Omã é caracterizado como um país pacífico e estável que não sofre um ataque desta magnitude há mais de quatro décadas.

A população do país inclui milhões de expatriados, principalmente de países asiáticos.

Leia Também: Encontrados corpos de 139 pessoas vítimas do EI numa vala comum do Iraque

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