"De acordo com os primeiros elementos da investigação (...), foi um 'drone' de fabrico iraniano", disse o porta-voz do exército, contra-almirante Daniel Hagari numa conferência de imprensa.
"Acreditamos ter sido lançado do Iémen para atingir Telavive", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.
Um homem de 50 anos morreu numa explosão ouvida pelas 03:15 locais (01:15 em Lisboa), no centro de Telavive, perto da embaixada dos Estados Unidos.
A explosão provocou ainda alguns feridos.
As autoridades de Telavive elevaram o nível de alerta na cidade depois do ataque.
O exército israelita admitiu que não foram emitidas sirenes de aviso.
O 'drone' foi detetado pelo exército, mas um "erro humano" fez com que os "sistemas de interceção e de defesa não fossem ativados", afirmou um oficial militar israelita.
Os rebeldes huthis, apoiados pelo Irão, reivindicaram a autoria do ataque.
"A Força Aérea das Forças Armadas do Iémen [como os huthis se autodenominam] levou a cabo uma operação militar qualitativa, que consistiu em atacar um dos alvos importantes na região ocupada de Jaffa, chamada Telavive israelita", afirmou um porta-voz dos rebeldes.
O veículo aéreo não tripulado utilizado "é capaz de evitar os sistemas de interceção do inimigo e não ser detetado pelos radares", disse o porta-voz num comunicado divulgado nas redes sociais.
O ataque foi realizado "em apoio ao povo palestiniano (...) e em resposta aos massacres israelitas em Gaza", afirmou.
Os houthis declararam "a região ocupada de Jaffa uma área insegura", que será um alvo principal dos seus ataques.
O grupo prometeu continuar a atacar Israel "em resposta aos massacres e crimes do inimigo contra os irmãos em Gaza".
Os rebeldes, que controlam parte do Iémen devastado pela guerra, têm vindo a realizar ataques ao largo da costa do país desde novembro.
Justificam que os ataques visam navios que sirvam portos israelitas em solidariedade com os palestinianos, no contexto da guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza.
Os Estados Unidos, os maiores aliados de Israel, criaram em dezembro uma força multinacional para proteger a navegação na zona estratégica e lançaram os primeiros ataques no Iémen em janeiro, com a ajuda do Reino Unido.
Os huthis integram o chamado "eixo de resistência", uma coligação liderada pelo Irão de que faz parte também, entre outros, o Hamas e o movimento xiita libanês Hezbollah.
A guerra em curso em Gaza foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, de acordo com as autoridades israelitas.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva militar na Faixa de Gaza que provocou mais de 38.800 mortos e a destruição de grande parte das infraestruturas do pequeno enclave palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.
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