"Trump disse uma coisa interessante: pediu para não se acreditar na informação de que a sua vitória [nas presidenciais em novembro] poderia ser benéfica para a Rússia. Chamou a esta tese uma informação falsa e pediu para não se acreditar nela", indicou Serhii Nykyforov na televisão ucraniana após o político republicano e Zelensky terem conversado por telefone na sexta-feira.
O Presidente ucraniano, por sua vez, exortou Trump a não acreditar nos representantes dos países que tentam explicar e justificar de alguma forma as ações do líder russo, Vladimir Putin, segundo o seu porta-voz.
"Não há desculpas aqui. Ele [Putin] é um assassino comum. O Presidente disse isso. (...) falou sobre o ataque de ontem em Mykolaiv [sul da Ucrânia], no qual morreram pessoas novamente. Também discutiram e condenaram o ataque de 8 de julho em Okhmatdyt", disse Nikiforov, referindo-se ao bombardeamento russo de um hospital pediátrico em Kyiv.
O porta-voz disse ainda que é cedo para falar de uma data para um encontro entre Zelensky e Trump.
"Acordámos com o Presidente Trump discutir numa reunião pessoal quais os passos que podem levar a uma paz justa e verdadeiramente duradoura", referiu Zelensky na sexta-feira à noite na rede social X, depois de falar com o candidato republicano à presidência dos Estados Unidos.
O político norte-americano, por sua vez, indicou na sua própria rede social que, caso se torne Presidente dos Estados Unidos, haverá negociações de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia.
"Ambas as partes poderão reunir-se e negociar um acordo que acabe com a violência e abra caminho para a prosperidade", declarou o ex-Presidente norte-americano.
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