O médico de Donald Trump, Ronny Jackson, contestou, esta sexta-feira, as afirmações do diretor do FBI, Christopher Wray, que sugeriu que existem "algumas dúvidas" sobre se o ex-presidente dos Estados Unidos foi atingido por "uma bala ou estilhaços" numa orelha, durante o atentado de 13 de julho, num comício na Pensilvânia.
"Não há absolutamente nenhuma evidência de que tenha sido outra coisa que não uma bala [a atingir Trump]", afirmou Jackson, que foi médico de Trump durante a sua passagem pela Casa Branca, citado pela agência de notícias Reuters.
"O diretor Wray está errado e é inapropriado sugerir qualquer outra coisa", atirou.
Segundo a Reuters, Jackson defendeu que serviu como médico de campo de batalha no Iraque e tratou muitos ferimentos de bala durante a sua carreira, tendo também observado a orelha ferida de Trump desde a tentativa de assassinato.
Na quinta-feira, o diretor do FBI afirmou perante o Comité Judiciário da Câmara de Representantes do Congresso dos Estados Unidos que "há algumas dúvidas sobre se era uma bala ou estilhaços que atingiram a orelha do antigo presidente Donald Trump".
No entanto, o presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, Mike Johnson, desvalorizou o testemunho, afirmando: "Todos vimos o vídeo. Vimos a análise feita ao vídeo, ouvimos vários especialistas dizer que era uma bala".
Na sua rede social Truth Social, Donald Trump, candidato republicano às eleições presidenciais norte-americanas de novembro, também criticou a declaração de Wray. "Não, infelizmente foi uma bala que atingiu a minha orelha, e atingiu-a com força. Não havia vidro, não havia estilhaços", escreveu. "Não admira que o outrora famoso FBI tenha perdido a confiança da América!"
Recorde-se que o ataque a Trump foi a tentativa mais grave de assassinar um presidente ou candidato presidencial desde que Ronald Reagan foi atingido a tiro em 1981. Foi também a mais recente de uma série de falhas de segurança por parte da agência que suscitaram investigações e escrutínio público ao longo dos anos.
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