Em comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e da Migração do Egito alertou para as "consequências desastrosas" que podem recair sobre os povos da região caso a situação se agrave e uma guerra regional se alastre no Líbano.
"A República Árabe do Egito adverte para os perigos da abertura de uma nova frente de guerra no Líbano, no contexto dos recentes acontecimentos em Majdal Shams, que podem levar a região a mergulhar numa guerra regional generalizada", afirmou.
O ministério sublinha ainda a importância de "apoiar o Líbano, o seu povo e instituições, e evitar a guerra".
"O Egito renovou a sua advertência sobre os perigos da continuação da guerra de Israel contra a Faixa de Gaza, apelando à necessidade de alcançar um cessar-fogo imediato e de pôr fim ao sofrimento humano o mais rapidamente possível", refere.
Os chefes dos serviços secretos de Israel, dos Estados Unidos, do Egito e do Qatar reúnem-se hoje em Roma para negociar um acordo de tréguas em Gaza, sendo os três últimos os mediadores.
Israel acusa o grupo xiita de supostamente ter lançado um roquete 'Falaq 1' que sábado atingiu um campo de futebol na cidade de Majdal Shams, matando 12 menores e adolescentes que ali se encontravam.
Telavive afirma que o lançamento foi realizado a partir de uma cidade na área das disputadas fazendas Chebaa, no sul do Líbano e a poucos quilómetros de Majdal Shams, enquanto as principais autoridades israelitas alertaram que "o Hezbollah pagará um elevado preço".
O Hezbollah rejeitou ser o autor do ataque e o governo libanês negou que a formação armada tenha efetuado um ataque intencional a Majdal Shams.
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