UA reitera apoio no combate à violência armada em Moçambique

O Conselho de Paz e Segurança da União Africana (UA) reiterou hoje, em Maputo, o apoio a Moçambique no combate à violência armada em Cabo Delgado, norte do país, província que tem registado ataques de grupos rebeldes desde 2017.

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Lusa
29/07/2024 17:02 ‧ 29/07/2024 por Lusa

Mundo

União Africana

A União Africana reafirma "o compromisso em continuar a apoiar os esforços para erradicar o terrorismo e extremismo violento e restaurar a paz naquela parte norte do território moçambicano", disse Miguel Bembe, presidente do Conselho de Paz e Segurança da UA, durante um encontro com o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros moçambicano, em Maputo.

 

Miguel Bembe acrescentou que a missão do Conselho de Paz e Segurança da UA vai também "obter informações, em primeira mão, sobre a situação humanitária" naquela província.

Bembe disse também que vai informar-se sobre o processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) dos antigos guerrilheiros do maior partido da oposição, Renamo, para saber dos "grandes desafios que ainda subsistem e que podem merecer o apoio da União Africana".

"Nós sabemos que há um programa de DDR desenvolvido e penso que há várias lições aprendidas ao longo deste tempo que possam servir de referência para os outros países", concluiu.

Cabo Delgado enfrenta desde outubro de 2017 uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque deu-se em 10 e 11 de maio à sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de insurgentes a saquearem a vila, provocando vários mortos e fortes combates com as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.

A população de outros distritos da província tem relatado a movimentação destes grupos de insurgentes, que provocam o pânico à sua passagem, nas matas, mas sem registo de confrontos, o que acontece numa altura em que os camponeses tentam realizar trabalhos de colheita nos campos de cultivo.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, afirmou em 16 de junho que a ação das várias forças de defesa permitiu acabar com "praticamente todas" as bases dos grupos terroristas que operam em Cabo Delgado.

"O resultado dessa conjugação de forças é surpreendente. Conseguiram desativar os terroristas de todas as vilas e aldeias que haviam sido ocupadas, destruíram praticamente todas as bases fixas do inimigo, tornando-os nómadas, e colocaram fora de combate muitos extremistas violentos, incluindo alguns dos seus principais dirigentes", disse Nyusi, em Mueda, província de Cabo Delgado.

O chefe de Estado reconheceu o esforço das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, em conjunto com os militares do Ruanda, da missão dos países da África austral - que concluiu a retirada total em 04 de julho - e da Força Local, constituída por antigos combatentes da luta de libertação nacional, no combate a estes grupos nos últimos seis anos.

"Andam aí no mato, mas já não ficam num sítio porque têm medo de ser encontrados", disse ainda, renovando o apelo à população "para continuar a reforçar a vigilância".

Leia Também: União Africana "profundamente preocupada" com violência no Quénia

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