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Pedida pena de morte para 25 arguidos em julgamento na RDCongo

A pena de morte foi pedida hoje para 25 dos 26 arguidos que estão a ser julgados por um tribunal militar em Kinshasa pela alegada participação nas ações dos rebeldes M23.

Pedida pena de morte para 25 arguidos em julgamento na RDCongo
Notícias ao Minuto

18:18 - 29/07/24 por Lusa

Mundo RDCongo

A acusação pediu 20 anos de prisão para o 26.º arguido.

 

A argumentação da defesa está marcada para 3.ª feira à tarde.

O M23 (Movimento 23 de março) é uma rebelião predominantemente tutsi que, com o apoio do Ruanda, se apoderou de vastas faixas de território na província de Kivu do Norte, no leste da República Democrática do Congo, desde o final de 2021.

No início do julgamento, em 24 de julho, havia 25 arguidos, 20 dos quais estavam em liberdade e a ser julgados à revelia, mas um arguido, um antigo porta-voz do M23, foi acrescentado durante o julgamento.

Os arguidos são acusados de "crimes de guerra", "participação num movimento insurrecional" e "traição", crimes para os quais a acusação pediu a pena de morte.

O principal arguido, em fuga, é Corneille Nangaa, antigo presidente da Comissão Eleitoral da República Democrática do Congo, que anunciou, em dezembro último, a partir de Nairobi, a criação de um movimento político-militar, a Aliança do Futuro do Congo (AFC), que integra o M23.

A lista de arguidos inclui também algumas das figuras mais conhecidas do M23: o presidente, Bertrand Bisimwa, o chefe militar Sultani Makenga, e os porta-vozes Willy Ngoma e Lawrence Kanyuka.

Alguns dos outros líderes do movimento não constam da lista, que inclui os nomes dos membros do Partido do Povo pela Reconstrução e a democracia, do antigo presidente Joseph Kabila (2001-2019) que aderiram à AFC.

Os cinco arguidos presentes no julgamento são desconhecidos do público.

Um deles manteve a sua inocência e alegou ter sido detido arbitrariamente devido ao seu apelido ("Nangaa"), sendo o arguido para quem o Ministério Público pediu 20 anos de prisão.

No entanto, pelo menos dois deles reconheceram e afirmaram que pertenciam à AFC.

A abertura do processo foi anunciada com dois dias de antecedência pelo ministro da Justiça, Constant Mutamba, que assistiu pessoalmente à primeira audiência.

Num contexto de revolta crescente, Kinshasa decidiu, em março último, levantar uma moratória sobre a execução da pena de morte, em vigor desde 2003.

Segundo o Governo, esta medida, muito criticada pelas organizações de defesa dos direitos humanos, visa principalmente os militares acusados de traição.

Desde o início de julho, cerca de 50 soldados foram condenados à morte no leste do país por "cobardia" e "fuga perante o inimigo".

Leia Também: Partes em conflito na RDCongo acusam-se mutuamente de desrespeito pelo cessar-fogo

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