"Cerca de 10 projéteis passaram do Líbano para o território israelita, a maior parte dos quais foram intercetados", declarou hoje, em comunicado, o exército israelita, segundo o qual apenas um foi atingido, em HaGoshrim, na região de Kyriat Shmona.
Na sequência do incidente, as forças armadas atacaram o local de onde os foguetes foram lançados, sem dar mais pormenores.
Segundo o Magen David Adom, equivalente israelita à Cruz Vermelha, os paramédicos trataram o civil, de 30 anos, após o ataque, que ficou em estado crítico devido ao impacto dos estilhaços, e após manobras de reanimação infrutíferas confirmaram a sua morte.
Ao início da tarde, soaram alarmes em vários pontos da Alta Galileia, coincidindo com o lançamento dos 10 projetéis pelo exército.
Trata-se da primeira morte de um civil em solo israelita desde o ataque à cidade drusa de Majdal Shams, no domingo, que matou 12 crianças e que Israel atribuiu ao Hezbollah - embora o grupo negue a sua autoria.
Desde então, as partes aguardam uma resposta israelita enérgica em território libanês, sobre a qual, embora não se conheçam pormenores, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, garantiu: "Ela virá e será dura".
Antes do incidente, "a força aérea atacou as infraestruturas do Hezbollah na zona de Jibchit, no sul do Líbano", refere o comunicado militar.
Durante a noite, o exército bombardeou uma dezena de alvos do Hezbollah em sete zonas do sul do Líbano, enquanto aguarda a "resposta enérgica" que Netanyahu ameaçou na sequência do ataque atribuído ao grupo xiita em Majdal Shams.
"Além disso, em ataques aéreos e terrestres, as FDI [Forças de Defesa de Israel] eliminaram um terrorista do Hezbollah na zona de Beit Leif e visaram um armazém de armas do Hezbollah, infraestruturas terroristas, estruturas militares e um lançador no sul do Líbano", refere um comunicado militar divulgado ao início da manhã.
O grupo libanês confirmou a morte do seu combatente Hasan Hussein Malek "Badr" em Beit Leif.
Todos estes ataques fazem parte do maior pico de tensão na fronteira com o Líbano desde outubro, quando Israel e as milícias pró-iranianas se envolveram numa troca de tiros contínua na sequência da guerra em Gaza.
O ataque a Majdal Shams foi, nas palavras do ministro da Defesa israelita, Yoav Gallant, uma "escalada significativa" do confronto ao longo da divisão, que já matou mais de 566 pessoas de ambos os lados: mais de 350 milicianos e comandantes do Hezbollah de um lado, e 47 israelitas do outro - 22 militares e 25 civis.
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