Os projetos destinam-se ao aumento da segurança alimentar, melhoria dos meios de subsistência e promoção da resiliência contra os desafios ambientais e económicos, refere a FAO em comunicado.
Trata-se das iniciativas Gestão Sustentável Integrada Transfronteiriça das Florestas de Miombo e Desenvolvimento da Cadeia de Valor Agrícola e do Comércio de Zim-Moza (ATDP Zim-Moza).
A primeira visa proteger, restaurar e promover o uso sustentável das florestas de miombo partilhadas por Moçambique e pelo Zimbabué.
"Este ecossistema vital apoia milhões de pessoas nas zonas rurais, fornecendo-lhes recursos essenciais como lenha, alimentos e água", refere-se no documento.
O projeto centrar-se-á em meios de subsistência sustentáveis, na conservação da biodiversidade e na melhoria das práticas de gestão dos recursos naturais nas comunidades", avança-se na nota.
A iniciativa irá beneficiar diretamente 5.000 famílias em áreas selecionadas, promovendo a igualdade de género e a participação dos jovens.
O segundo projeto foi concebido para fortalecer as cadeias de valor agrícolas e o comércio entre Moçambique e o Zimbabué.
"Ao melhorar o acesso ao mercado, desenvolver as práticas de produção e promover a colaboração transfronteiriça, o projeto visa impulsionar as perspetivas económicas dos pequenos agricultores e das agroindústrias", enfatiza-se no comunicado.
As principais áreas de foco incluem frutas cítricas, ananás, banana, café, macadâmia, milho e várias hortícolas, prossegue.
O representante da FAO em Moçambique, José Luis Fernández Filgueiras, afirmou que os projetos refletem o "compromisso inabalável" em promover o desenvolvimento sustentável e o crescimento económico em ambos os países.
Para a materialização das duas iniciativas, que contam com o apoio da Agência Italiana da Cooperação para o Desenvolvimento (AICS), foram hoje celebrados os respetivos acordos em Maputo.
"Ao trabalhar em conjunto com a AICS, pretendemos criar soluções impactantes que irão beneficiar as comunidades locais e melhorar a sua capacidade de lidar com os desafios ambientais e económicos", declarou José Luis Fernández Filgueiras, citado no documento.
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