Os dados foram atualizados numa conferência de imprensa em Caracas pelo Foro Penal (FP), uma ONG que manifestou preocupação pelo uso de armas de fogo no âmbito dos protestos.
"Em primeiro lugar, gostaria de falar sobre o número mais alarmante, que é o número de mortos nestas manifestações que começaram após [a divulgação de] os resultados das eleições e que, de alguma forma, estão relacionadas com a reivindicação dos resultados por parte da oposição", explicou o diretor da ONG.
"há 11 pessoas, confirmadas pelas diferentes organizações aqui presentes, que morreram nestes protestos ou manifestações, 5 das quais foram assassinadas na cidade de Caracas, duas no estado de Zúlia, duas em Yaracuy, uma em Arágua e uma em Táchira", precisou.
A Venezuela regista desde segunda-feira protestos em várias regiões do país, alguns deles violentos, contestando os resultados anunciados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
O CNE da Venezuela proclamou oficialmente, na segunda-feira, como Presidente Nicolás Maduro, para o período 2025-2031.
Segundo o CNE, Nicolás Maduro foi reeleito para um terceiro mandato consecutivo com 51,20% dos votos, tendo obtido 5,15 milhões de votos.
O principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, obteve pouco menos de 4,5 milhões de votos (44,2%), segundo os dados oficiais divulgados pelo CNE.
A oposição venezuelana reivindica, contudo, a vitória nas eleições presidenciais, com 70% dos votos para o seu candidato, Edmundo Gonzalez Urrutia, segundo afirmou a líder opositora María Corina Machado, recusando-se a reconhecer os resultados proclamados pelo CNE.
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