Em comunicado, as autoridades sanitárias confirmaram "um surto de Mpox no posto fronteiriço de Taita-Taveta", no sul do país, "originário de um indivíduo que viajava do Uganda para o Ruanda, via Quénia".
A infeção por vírus Mpox é uma doença zoonótica (transmite-se de animais para humanos), mas que também se pode transmitir de pessoa a pessoa.
O Ruanda não é o primeiro país da região a registar casos de "varíola dos macacos". Em 25 de julho, o Ministério da Saúde do Burundi notificou três casos.
Num comunicado publicado na segunda-feira, o secretariado da Comunidade da África Oriental (CAO) exortou os oito Estados membros a "educar os seus cidadãos sobre a forma de se protegerem e evitarem a propagação" da varíola dos macacos.
Também hoje, a Costa do Marfim anunciou que tinha registado dois casos "não fatais" de Mpox.
O Mpox foi descoberto pela primeira vez em humanos em 1970, no que é hoje a República Democrática do Congo (antigo Zaire), com a propagação do subtipo Clade I, que desde então tem estado principalmente confinado a países da África Ocidental e Central, onde os pacientes são geralmente infetados por animais infetados.
Mas em maio de 2022, surgiram infeções pelo vírus Mpox em todo o mundo, afetando principalmente homens homossexuais e bissexuais. O subtipo responsável foi o Clade II.
Desde setembro de 2023, uma nova estirpe do Clade, ainda mais mortal, tem vindo a espalhar-se na RDCongo.
A 11 de julho, a OMS alertou para a ameaça que a "varíola dos macacos" representa para a saúde mundial. A RDCongo está a ser particularmente atingida, com mais de 10.000 casos registados, incluindo 450 mortes.
A Organização Mundial da Saúde declarou ter recebido relatos de casos de 26 países durante o último mês.
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