As autoridades confirmaram a morte de quatro pessoas, vítimas da explosão de uma bomba, assim como a detenção de centenas de pessoas durante as manifestações em vários pontos da Nigéria.
O diretor da Amnistia Internacional na Nigéria, Isa Sanusi, disse que a organização não-governamental verificou as mortes que foram inicialmente relatadas por testemunhas, familiares das vítimas e advogados.
Segundo a polícia nigeriana, mais de 300 manifestantes foram detidos e o recolher obrigatório foi imposto nos estados de Kano e Katsina, no norte do país, após a pilhagem de bens públicos.
Um agente da polícia foi também morto e vários outros ficaram feridos, disseram as autoridades.
Os protestos foram provocados principalmente pela escassez de alimentos sendo que os manifestantes consideram que o país está a ser mal governado.
Os funcionários públicos da Nigéria, frequentemente acusados de corrupção, encontram-se entre os mais bem pagos de África, o que constitui um forte contraste num país que tem algumas das populações mais pobres do mundo, apesar de ser um dos maiores produtores de petróleo do continente.
Com cartazes de protesto e bandeiras da Nigéria, os manifestantes entoaram cânticos enquanto enumeravam exigências, incluindo o restabelecimento dos subsídios ao gás e à eletricidade.
A suspensão dos subsídios faz parte do pacote de reformas adotadas pelo governo para fazer crescer a economia, mas as novas medidas tiveram um efeito contrário, incluindo o aumento dos preços dos produtos básicos.
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