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Imã da mesquita de Al Aqsa em Jerusalém foi detido por "terrorismo"

O imã da mesquita de Al Aqsa em Jerusalém, xeque Ekrima Sabri, foi detido hoje por suspeita de "terrorismo" após um sermão em que descreveu como "mártir" o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, assassinado no Irão num atentado atribuído a Israel, disse o advogado do religioso à AFP.

Imã da mesquita de Al Aqsa em Jerusalém foi detido por "terrorismo"
Notícias ao Minuto

22:35 - 02/08/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

Antigo Grande Mufti de Jerusalém e chefe do Alto Conselho Islâmico, o xeque Ekrima Sabri, 85 anos, está "atualmente a ser investigado" por "suspeita de incitamento ao terrorismo" por ter, durante o sermão de sexta-feira, "descrito o falecido líder do Hamas como um mártir", disse o seu advogado, Hamza Qatina.

 

Milhares de fiéis rezaram hoje numa grande mesquita de Doha, no Qatar, em memória do líder do Hamas, antes de este ser sepultado perto de Doha, onde vivia no exílio.

A polícia israelita, sem nomear Sabri, declarou em comunicado que tinha "aberto uma investigação sobre um imã suspeito de fazer declarações incitadoras e de apoiar o terrorismo durante um sermão proferido (na sexta-feira)".

Um homem de 20 anos foi também detido hoje por ter feito "declarações incitadoras" durante as orações de sexta-feira, acrescentou a polícia.

No final de junho, o xeque Ekrima Sabri foi acusado por Israel de apologia do terrorismo, depois de alegadamente ter feito declarações de apoio a um assaltante que, em outubro de 2022, disparou contra guardas do colonato israelita de Maalé Adoumim, na Cisjordânia ocupada, matando um soldado.

De acordo com a acusação, Sabri também saudou um assaltante que matou três israelitas e feriu outros seis em abril de 2022 em Telavive, antes de ser abatido por guardas de segurança.

O imã negou estas acusações, afirmando que se tinha limitado a apresentar as suas condolências às famílias.

Ismail Haniyeh foi assassinado na quarta-feira em Teerão. O movimento islamista palestiniano e o Irão atribuíram a responsabilidade do atentado a Israel, que não fez comentários, e prometeram retaliar.

A Mesquita de Al-Aqsa situa-se na Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental, uma zona ocupada e anexada por Israel. O terceiro local mais sagrado do Islão e o mais sagrado do Judaísmo, o local está no centro das tensões israelo-palestinianas.

Os israelitas chamam à Esplanada das Mesquitas, o principal foco de tensão na Jerusalém Oriental ocupada, o Monte do Templo, o local mais sagrado para o judaísmo, enquanto os muçulmanos chamam ao conjunto da mesquita de Al Aqsa, o terceiro local mais sagrado para o Islão.

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