Os países árabes condenaram estas práticas por ocasião do Dia Internacional de Solidariedade com os Prisioneiros Palestinianos, que se assinala hoje, e denunciaram a "natureza brutal" da "ocupação" israelita e a sua "guerra genocida de destruição em Gaza", segundo o jornal estatal egípcio Al-Ahram.
O texto refere o testemunho "perturbador" de palestinianos libertados por Israel que "confirma a prática sistemática e contínua de torturas violentas e de maus tratos desumanos e degradantes contra milhares de civis palestinianos".
A Liga Árabe alertou ainda para as "dezenas" de casos documentados de utilização de civis detidos como escudos humanos pelas forças armadas israelitas e para a existência de casos semelhantes na Cisjordânia.
Por isso, instou a comunidade internacional e a Cruz Vermelha a assumirem as suas responsabilidades relativamente a estes prisioneiros e apela às organizações de defesa dos direitos humanos para que intervenham de imediato e obriguem Israel, enquanto potência ocupante, a respeitar as Convenções de Genebra relativas aos prisioneiros.
A organização apelou igualmente aos tribunais internacionais para que "quebrem o seu silêncio" e tomem medidas concretas face às "torturas brutais" e à "vingança coletiva e desumanização a que são sujeitos os prisioneiros palestinianos".
A Liga Árabe também expressou a sua "solidariedade e total apoio" aos prisioneiros palestinianos e o seu "orgulho na resistência palestiniana".
A Liga Árabe denunciou ainda a expulsão de "milhares" de civis palestinianos das suas casas na Faixa de Gaza, incluindo idosos, mulheres e crianças e acusa Israel de ter feito 10 mil detenções na Cisjordânia.
"Estas políticas repressivas são uma consequência direta da brutalidade exercida pelo Governo israelita contra o povo palestiniano, perante o silêncio da comunidade internacional", declarou.
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