Rouba identidade a portuguesa, compra casa e muda-se para cá. PJ deteve-a

Uma estrangeira que roubou a identidade de uma portuguesa em 2018 conseguiu contornar vários contratos, 'dar' a nacionalidade portuguesa aos seus filhos e, inclusive, forjar as certidões de nascimento dos mesmos.

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Notícias ao Minuto
13/12/2024 19:19 ‧ há 3 horas por Notícias ao Minuto

País

Polícia Judiciária

Uma estrangeira, atualmente com 30 anos, foi detida pela Polícia Judiciária (PJ) depois de se apoderar da identidade de uma mulher portuguesa. A suspeita vivia em Portugal e com esta usurpação conseguiu não só comprar casa, como adquirir a nacionalidade portuguesa para os seus dois filhos.

 

De acordo com um comunicado da PJ enviado esta sexta-feira ao Notícias ao Minuto, a fraude foi detetada em 2022, quando "a verdadeira cidadã portuguesa, residente em Angola, foi ao consulado de Portugal, em Luanda, pedir o cartão do cidadão, tendo-se verificado que, desde 2018, existia uma outra pessoa a utilizar essa identificação".

A suspeita foi detida por forte indícios da prática do crime de falsificação de documentos, relativo à usurpação de identidade de uma cidadã portuguesa e, consequente, obtenção fraudulenta de passaporte e cartão do cidadão nacionais. A detenção aconteceu através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo.

"Com essa documentação falsa viajou para Portugal, onde se fixou e passou a residir com a sua família", explica a PJ no comunicado, dando conta de que em Portugal "montou toda a sua vida como se fosse a pessoa a quem usurpou a identidade: comprou casa, abriu contas bancárias, celebrou contrato de trabalho, tudo em nome alheio".

"A suspeita forjou, inclusivamente, os assentos de nascimento dos seus dois filhos menores, de forma a que a mãe deles passasse a ser a cidadã cuja identidade foi usurpada", detalha.

A PJ refere ainda que após uma busca domiciliária à suspeita "foi detetada e apreendida documentação que consolida os indícios já existentes". A mulher foi apresentada à autoridade judicial competente para interrogatório, tendo-lhe sido aplicada medida de coação não privativa da liberdade.

Leia Também: Burlou centenas com 'Olá Mãe, Olá Pai'. "Vivia" só deste crime

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