As autoridades de Gaza estão a procurar recuperar corpos dos escombros, nos centros em que milhares de deslocados se refugiam.
"Com estes dois novos massacres, o Exército de ocupação bombardeou e atacou 172 abrigos habitados por dezenas de milhares de pessoas deslocadas desde o início da guerra genocida", afirmaram as autoridades do Hamas em comunicado.
O grupo islamita assegura que pelo menos 1.040 pessoas morreram em ataques israelitas a escolas, o refúgio habitual de milhares de palestinianos forçados a abandonar as suas casas desde o início da guerra.
O Crescente Vermelho Palestiniano publicou uma mensagem nas redes sociais com relatos de várias crianças ensanguentadas.
As Forças Armadas israelitas confirmaram ter atacado a escola Hasan Salame, no oeste da capital de Gaza, assim como a escola Naser, também localizada na cidade de Gaza, por serem dois "centros de comando" utilizados por militantes palestinianos.
Segundo o Exército israelita, o Hamas usou ambos os complexos para esconder os seus combatentes e para planear ataques contra as tropas.
"Antes do ataque, foram tomadas inúmeras medidas para mitigar o risco de danos para os civis, incluindo a utilização de munições precisas, vigilância e informações adicionais", alegaram as autoridades israelitas.
No sábado, sob o mesmo pretexto, o Exército israelita tinha atacado já a escola Hamama, na cidade de Gaza, onde se refugiavam dezenas de deslocados, matando 16 pessoas, segundo as autoridades da Faixa.
A Defesa Civil de Gaza confirmou que havia pessoas deslocadas na escola, enquanto as forças israelitas garantiram que o complexo era utilizado "como esconderijo para terroristas do Hamas, a partir dos quais planeavam realizar ataques contra soldados israelitas e o Estado de Israel".
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