As críticas surgem depois de o bloco comunitário ter expressado preocupação com a situação no país e pedir transparência quanto aos resultados das eleições de dia 28.
"A União Europeia saca da sua cantilena, a mesma União Europeia que reconheceu [Juan] Guaidó, uma vergonha a União Europeia, o Sr. Borrell é uma vergonha, é uma vergonha que levou a Ucrânia a uma guerra e agora lava as mãos", disse Maduro, numa iniciativa com a Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militarizada).
Nicolás Maduro criticou também a UE por ter pedido às autoridades venezuelanas que respeitassem as manifestações realizadas desde segunda-feira em rejeição aos resultados oficiais publicados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), que proclamou o Presidente vencedor.
"Agora diz que na Venezuela há repressão de manifestações pacíficas, diz o Sr. Borrell. Pacíficas? Quando atacam a população, hospitais, CDI [Centros de Diagnóstico Integral], escolas, unidades de autocarros, estações de metro?", questionou.
A União Europeia disse no domingo, em comunicado, que "continua a acompanhar com grande preocupação" a situação na Venezuela e pediu "uma maior verificação independente dos registos eleitorais" da votação.
"Os relatórios das missões internacionais de observação eleitoral afirmam claramente que as eleições presidenciais de 28 de julho não cumpriram as normas internacionais de integridade eleitoral", afirma um comunicado do Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.
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