"Apoiamos com Lula [da Silva] a aspiração do povo venezuelano a uma eleição transparente. Esta exigência está no cerne de qualquer democracia", escreveu Emmanuel Macron na rede social X (antigo Twitter), após uma conversa telefónica com o Presidente brasileiro.
Os Governos do Brasil e da França apelaram às autoridades venezuelanas para que publiquem todas as atas das assembleias de voto do processo eleitoral alegadamente vencido por Maduro, realizado no passado dia 28 de julho, documentos que não foram divulgados, tendo a oposição liderada por María Corina Machado afirmado que o vencedor foi o seu candidato, Edmundo González Urrutia, e não Maduro.
O Governo brasileiro divulgou uma nota sobre o telefonema entre Lula da Silva e o Presidente francês informando que "Macron elogiou a posição de Brasil, Colômbia e México emitida em nota conjunta na última quinta-feira, e a posição do país de estímulo ao diálogo entre o Governo e a oposição venezuelana".
"O Presidente Lula [da Silva] reiterou o seu compromisso com a busca de uma solução pacífica entre as partes e que respeite a soberania do povo venezuelano", lê-se no comunicado.
Hoje, trinta ex-Presidentes de países da América Latina e da Espanha divulgaram uma carta aberta a Lula da Silva, na qual pediram que mantenha o compromisso com a democracia e a liberdade na Venezuela.
O Brasil tem tentado manter o diálogo com o Governo de Maduro, um antigo aliado regional da esquerda liderada por Lula da Silva, após as eleições presidenciais, e ainda não reconheceu oficialmente o resultado da eleição na Venezuela.
A diplomacia do Brasil afirmou, em nota oficial, que espera a divulgação das atas das mesas de votação para se pronunciar sobre o resultado das eleições presidenciais na Venezuela.
Por outro lado, o país procura manter relações com o regime de Maduro, e atua para mediar conflitos diplomáticos na região.
Na sequência da expulsão dos diplomatas da Argentina e do Perú, a diplomacia do Brasil passou a representar os cidadãos desses países que estão na Venezuela.
O Brasil também se tornou responsável pela custódia das embaixadas da Argentina e do Perú, em Caracas, bem como dos seus bens e arquivos.
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