Depois de a candidata do Partido Democrata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, o apresentar, esta segunda-feira, como candidato a vice-presidente, Tim Walz disse que é "a honra de uma vida":
"É a honra de uma vida inteira juntar-me a Kamala Harris nesta campanha. Vou dar tudo", escreveu na rede social X (antigo Twitter).
Na mesma publicação, Tim Walz elogiou Harris: "Está a mostrar-nos a política do que é possível. Faz-me lembrar um pouco o primeiro dia de aulas. Por isso, vamos a isto, pessoal! Juntem-se a nós", acrescentou.
Walz, governador do estado norte-americano do Minnesota, era um de três políticos democratas nos quais Kamala Harris tinha focado a sua busca por um parceiro de candidatura, sendo os outros o governador da Pensilvânia Josh Shapiro e o senador do Arizona Mark Kelly.
It is the honor of a lifetime to join @kamalaharris in this campaign.
— Tim Walz (@Tim_Walz) August 6, 2024
I’m all in.
Vice President Harris is showing us the politics of what’s possible. It reminds me a bit of the first day of school.
So, let’s get this done, folks! Join us. https://t.co/tqOVsw2OLM
Embora não seja muito reconhecido fora das fronteiras do seu estado, Walz distinguiu-se nas últimas semanas pelas suas repetidas farpas contra Donald Trump e contra a sua equipa, que descreve como um grupo de "tipos estranhos".
Nascido no estado do Nebraska, Walz passou muitos anos no mundo do ensino, principalmente como professor de geografia e treinador de futebol americano, que ensinou durante alguns meses na China, logo após os acontecimentos de Tiananmen na primavera de 1989.
"O facto de poder frequentar uma escola secundária chinesa nesse momento crucial pareceu-me relevante", confidenciou anos mais tarde perante uma comissão do Congresso norte-americano, onde serviu durante 12 anos.
Quando circularam os primeiros rumores sobre a sua nomeação como candidato a vice-presidente na equipa de Kamala Harris, alguns internautas questionaram-se sobre se esta dupla teria realmente a mesma idade, acompanhando as suas mensagens com uma foto de Tim Walz, careca.
Em janeiro de 2019, Tim Walz tornou-se governador do Minnesota, estado da região dos Grandes Lagos, que faz fronteira com o Canadá.
Quase um ano depois, foi obrigado a lidar com duas grandes crises: a pandemia de covid-19 e a morte do afro-americano George Floyd, asfixiado enquanto estava sob custódia policial.
Por causa deste episódio, Minneapolis, a maior cidade do estado do Minnesota, foi o epicentro de um enorme movimento de manifestações antirracistas que abalaram a América durante vários meses.
Os republicanos acusam este governador de ser demasiado negligente na gestão do crime, enquanto os democratas, pelo contrário, elogiam o seu historial na proteção do direito ao aborto.
Após a decisão do Supremo Tribunal, em junho de 2022, que anulou a proteção constitucional do aborto, Tim Walz empenhou-se em tornar o seu estado num santuário para mulheres que procuravam fazer um aborto.
Uma clínica, localizada no estado vizinho do Dakota do Norte, que é muito mais repressivo neste tema, mudou-se mesmo para o seu lado da fronteira.
Em março de 2024, Walz participou na primeira viagem de um vice-presidente a uma clínica de aborto, ao lado de Kamala Harris, com quem espera agora entrar na Casa Branca.
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