"Sempre nos referimos a estas negociações para um cessar-fogo (...). Pensamos que nunca estivemos tão próximos" de firmar um acordo, afirmou em declarações aos 'media' John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da presidência dos Estados Unidos.
"Existe uma boa proposta feita às duas partes e ambas devem aceitá-la para que possamos aplicar" este acordo de cessar-fogo e a libertação dos reféns, que está "mais perto que nunca", assinalou Kirby.
Na segunda-feira, o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, assegurou que Washington está envolvido "dia e noite" numa "intensa diplomacia" para evitar uma guerra regional entre Israel, por um lado, e o Irão e os grupos do "eixo da resistência", onde se incluem o Hamas palestiniano e o Hezbollah libanês.
Na sequência da designação de Yahya Sinouar como chefe do Hamas em Gaza para a liderança política do movimento em substituição de Ismail Haniyeh, assassinado na passada quarta-feira em Teerão, Blinken qualificou-o de "primeiro decisor no que respeita à conclusão de um cessar-fogo" no enclave palestiniano, onde a guerra entrou hoje no seu 11º mês.
O Governo do Presidente Joe Biden garante que pressiona desde há semanas o Executivo do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, a aceitar um cessar-fogo.
Na terça-feira, Blinken pediu pela primeira vez publicamente ao Irão, um declarado inimigo dos Estados Unidos, e ao seu aliado israelita de evitarem "a escalada" em direção a um conflito no Médio Oriente.
"Primeiro, não queremos assistir a ataques e vamos continuar a trabalhar através dos canais diplomáticos para tentar que as tensões diminuam", repetiu John Kirby.
No entanto, também assegurou "que os Estados Unidos estão e vão permanecer em posição de apoiar Israel a defender-se como toda uma gama de capacidades militares", concluiu o porta-voz o Conselho de segurança nacional.
O Pentágono anunciou o envio para a Médio Oriente de diversos navios de guerra e aviões e combate que se vão juntar às suas forças já presentes na região.
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