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ANP pede prisão de ministro que defendeu matar à fome habitantes de Gaza

O Governo palestiniano pediu hoje ao Tribunal Penal Internacional (TPI) uma ordem de prisão contra o ministro das Finanças israelita, o ultraconservador Bezalel Smotrich [na foto], por ter defendido, na segunda-feira, a morte à fome dos dois milhões de habitantes de Gaza.

ANP pede prisão de ministro que defendeu matar à fome habitantes de Gaza
Notícias ao Minuto

12:41 - 08/08/24 por Lusa

Mundo Médio Oriente

 

As declarações do ministro, que é também um colono na Cisjordânia, são "uma expressão direta das mais horríveis formas de fascismo" e "o reconhecimento da adoção de uma política de genocídio", denunciou o governo da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) num comunicado.

"Com a atual realidade internacional, não podemos gerir uma guerra. Ninguém nos deixará matar à fome dois milhões de civis, mesmo que isso seja justificado e moral", disse Smotrich numa conferência organizada pelo jornal Israel Hayom, acrescentando que deixam entrar a ajuda humanitária em Gaza "porque não têm outra escolha".

Na sequência destas declarações, o Ministério dos Negócios Estrangeiros palestiniano exigiu que o TPI emita um mandado de captura para Smotrich, embora o tribunal ainda não tenha aceitado ou rejeitado um pedido semelhante apresentado pelo seu procurador, Imran Khan, no final de maio, contra dirigentes israelitas e do Hamas.

A 20 de maio, Khan pediu ao TPI que emitisse mandados de captura para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para o seu ministro da Defesa, Yoav Gallant, e para os altos responsáveis do Hamas Yahya Sinwar, Ismail Haniyeh e Mohamed Deif, dos quais apenas Sinwar permanece vivo, sendo atualmente líder do movimento islamita.

Smotrich faz parte da ala mais dura do governo de Netanyahu, sob a direção do ultradireitista e colono Itamar Ben Gvir, que é também responsável pela pasta da Segurança Nacional.

Ben Gvir chegou ao ponto de apelar à execução dos prisioneiros palestinianos - ele é responsável pelo sistema prisional - "com tiros na cabeça" em vez de lhes dar mais comida, e afirmou que o seu objetivo é tornar as suas condições de vida tão más quanto possível.

Também o chefe do Património, Amichai Elyahu - que faz parte do Poder Judaico, o partido liderado por Ben Gvir - disse em novembro que lançar uma bomba atómica sobre Gaza era uma das opções na guerra que, ao fim de dez meses, já fez cerca de 40.000 mortos palestinianos.

Leia Também: São "ignóbeis" declarações de ministro sobre matar palestinianos

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