Lançado concurso para encerrar maior lixeira a céu aberto em Moçambique

O Município da Cidade de Maputo lançou um concurso para encerrar a maior lixeira a céu aberto em Moçambique, operação de quase 10 milhões de euros e que inclui um plano de aproveitamento de toneladas de resíduos.

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Lusa
21/01/2025 14:17 ‧ há 10 horas por Lusa

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Moçambique

"Temos recebido muitas manifestações de interesse de empresas privadas e estrangeiras que dizem que têm experiência e capacidade de implementação de projetos desta natureza (...). É um processo que leva o seu tempo, só nesta fase do concurso, dêmos um prazo de 90 dias para que as empresas preparem as suas propostas", declarou à Lusa o vereador de Infraestruturas e Salubridade no Conselho Municipal da Cidade de Maputo, João Munguambe.

 

Desde o incidente de 2018, ano em que 16 pessoas morreram naquele local na sequência do desabamento de uma parte da lixeira, as autoridades municipais têm estado a receber diversos apoios para gestão de resíduos, mas o encerramento efetivo não tem ainda data prevista.

"O encerramento da lixeira é um processo e significa uma série de atividades que vão decorrer para fecharmos a deposição de lixo naquele local. Vamos recobrir a lixeira com solos", explicou João Munguambe.

Por dia, estima-se que mais de 1.200 toneladas de resíduos sólidos sejam depositadas nos mais de 25 hectares da maior lixeira de Moçambique, localizada em Hulene, nos subúrbios de Maputo, ao longo de uma das principais artérias da capital, a avenida Julius Nyerere.

No âmbito do plano de encerramento, as autoridades municipais vão avaliar propostas que incluem o aproveitamento das mais de 35 milhões de toneladas de lixo que estão no local, estando em perspetiva também a produção de gás.

"Há, ali, matéria orgânica que, estando decomposta, produz gás. Então, ao cobrimos o lixo com solos, o que vai permitir naturalmente o crescimento de vegetação e a consolidação do lixo, isso vai produzir mais gás. Portanto, vamos colocar um sistema de drenagem de gás que pode ser aproveitado", acrescentou.

A maior lixeira da capital moçambicana foi notícia internacional quando, na madrugada de 19 de fevereiro de 2018, uma parte, com a altura de um edifício de três andares, desabou devido à chuva forte e abateu-se sobre diversas habitações precárias do bairro.

Das 16 pessoas que morreram no local, sete eram crianças, num episódio que levantou debates entre ambientalistas sobre o impacto da lixeira, a maior do país, numa área residencial.

Leia Também: Dívida pública de Moçambique cresceu 5% em três meses

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