Trata-se de um antigo comandante do grupo de combate de Kharkiv, do comandante da 125.ª brigada de defesa territorial e do comandante de um batalhão, segundo um comunicado citado pela agência francesa AFP.
A Rússia, que lançou a invasão da Ucrânia há três anos, também iniciou uma ofensiva surpresa do outro lado da fronteira, na região de Kharkiv, no início de maio de 2024.
Embora o exército ucraniano tenha conseguido travá-la, não conseguiu retomar a região, onde os ataques russos arrasaram várias cidades e provocaram a fuga de dezenas de milhares de civis.
A "atitude negligente" dos três oficiais permitiu que a Rússia penetrasse até 10 quilómetros na Ucrânia, que perdeu o controlo de parte da fronteira, afirmou o DBR.
"As ações dos comandantes resultaram na perda de pessoal e de armas, e não conseguiram defender a fronteira do Estado na sua área de responsabilidade", denunciou.
Os oficiais superiores são acusados, nomeadamente, de terem coordenado mal a defesa do setor, de não terem organizado o apoio da artilharia e da força aérea, e de não terem preparado as fortificações, segundo o DBR.
O antigo comandante do batalhão é também suspeito de ter abandonado o campo de batalha.
Os crimes de que são suspeitos foram documentados com a assistência do ministro da Defesa, Rustem Umerov, e do Comandante-em-Chefe das Forças Armadas da Ucrânia, Oleksandr Syrsky, noticiou a agência ucraniana Ukrinform.
Os três oficiais podem ser condenados a penas de até 10 anos de prisão, acrescentou o DBR.
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