"Estaremos nós como forças armadas, a saúde civil e a equipa da marinha chinesa [no navio]. Como médicos, o facto de estarem a interagir com outros colegas de outra região (...) é um momento que julgamos nós que é uma oportunidade para a troca de experiência e aprendizagem mútua", disse Sidónia Massangaie, diretora do departamento de saúde no Estado-Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
O navio "Arca da Paz" da China vai estar atracado no Porto de Maputo até ao dia 15 deste mês para prestar apoio e assistência médica e medicamentosa a militares moçambicanos, seus dependentes e a população no geral, estes últimos a partir de uma "inscrição numa tenda montada para o efeito, no Comando da Marinha de Guerra de Moçambique".
É a segunda vez que o "Arca da Paz" da China atraca em Moçambique, no âmbito das relações de cooperação entre os dois países, depois de ter estado no país africano em 2017, ano em que foram atendidos pelo menos 16 mil pacientes.
"É uma unidade diferenciada com todas especialidades em medicina (...) o que define as valências é a capacidade de atendimento que este navio apresenta. Pensamos nós que traz uma mais-valia pela troca de experiências e de procedimentos. Poderemos ter a oportunidade de ver como os outros fazem", acrescentou Sidónia Massangaie.
O navio hospitalar partiu da China em 16 de junho, com visitas agendadas para 13 países, nomeadamente Moçambique, Seicheles, Tanzânia, Madagáscar, África do Sul, Angola, República Democrática do Congo, Gabão, Camarões, Benim, Mauritânia, Djibuti e Sri Lanka.
"Antes de Moçambique, o navio esteve em Madagáscar e depois segue para a África do Sul", avançou uma fonte chinesa.
O navio-hospital da marinha de guerra chinesa é uma plataforma marítima de apoio médico de emergência construída pela China, equipado com salas de operações, gabinetes médicos, postos de enfermagem e centenas de camas, tendo ainda um helicóptero de ambulância.
A embarcação já prestou serviços médicos e humanitários gratuitos a mais de 290 mil pessoas em 45 países e regiões de África, América e Oceânia, entre 2010 e 2023, numa série de missões de serviço médico denominada "Missão Harmoniosa".
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