"Todos devemos votar, incluindo aqueles também que estão na diáspora. Devem votar, porque, havendo uma votação massiva dos eleitores, é difícil cometer fraude. Havendo uma votação massiva dos eleitores, é difícil manipular os resultados", disse Lutero Simango, em entrevista à Lusa.
Simango, um dos quatro candidatos que disputam a sucessão de Filipe Nyusi como Presidente da República, sustentou que a "maturidade" demonstrada pelo eleitorado moçambicano nas eleições autárquicas de 11 de outubro de 2023 - denunciadas por várias entidades como irregulares - também pode ajudar a travar tentativas de viciação da próxima votação.
"Aqui há uma maturidade significativa do nosso povo. O nosso povo deseja as mudanças", reforçou o candidato e presidente do MDM.
Lutero Simango admitiu que não tem "confiança absoluta" nos órgãos eleitorais moçambicanos, alegando que são controlados pela Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, partido no poder).
"Não há uma confiança absoluta", enquanto o partido no poder dominar as instituições do Estado, incluindo o sistema judiciário, frisou.
Os conflitos eleitorais só se resolvem com as reformas nas instituições públicas, defendeu o político.
Moçambique realiza em 09 de outubro eleições gerais que incluem presidenciais, legislativas e provinciais.
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