Haniye morreu num ataque não reivindicado durante uma visita a Teerão, em 31 de julho.
O Irão culpou Israel pela morte do líder do grupo extremista palestiniano Hamas, apoiado por Teerão, e alegou ter o direito de retaliar por o ataque ter ocorrido em solo iraniano.
As manobras realizadas perto de um país vizinho de Israel visam reforçar as "capacidades de combate e vigilância" das forças iranianas, especialmente na sequência do ataque de 31 de julho, disse a IRNA, citada pela agência espanhola EFE.
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, alertou para a possibilidade de ataques de retaliação por parte do Irão e do Hezbollah, partido xiita libanês também apoiado pelo regime de Teerão e aliado do Hamas.
"Qualquer pessoa que nos faça mal será atingida de uma forma sem precedentes" disse Gallant, antes de afirmar que Israel não quer que a guerra com o Hamas se estenda a outras frentes.
O comandante dos Guardas da Revolução, Ali Fadavi, afirmou que as ordens dadas pelo líder supremo iraniano, o 'ayatollah' Ali Khamenei, sobre a morte do líder do Hamas foram claras e vão ser concretizadas "da melhor maneira possível".
Teerão instalou na semana passada sistemas de radar, mísseis e 'drones' no oeste do Irão para fazer face a "todos os tipos de ameaças".
A guerra em curso entre Israel e o Hamas foi desencadeada por um ataque do grupo palestiniano em solo israelita que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns.
Dez meses após o ataque, a ofensiva de retaliação de Israel fez cerca de 39.800 mortos na Faixa de Gaza, um enclave governado pelo Hamas desde 2007.
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