"O Presidente apoia a eliminação dos impostos sobre as gorjetas dos trabalhadores do setor terciário, ao mesmo tempo que aumenta o salário mínimo e evita que os ricos manipulem o sistema", frisou a porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, em conferência de imprensa.
Em junho, num comício em Las Vegas com a presença de membros do poderoso sindicato da restauração, Trump prometeu tornar as gorjetas dos trabalhadores isentas de impostos.
A vice-presidente e candidata democrata às eleições de 05 de novembro, Kamala Harris, fez uma promessa semelhante na mesma cidade no sábado, o que levou Trump a acusá-la de plagiar o seu plano.
A porta-voz da Casa Branca recusou-se hoje a responder se esta iniciativa faz parte de alguma uma ideia que a administração Biden considerou em algum momento após ter chegado ao poder, em janeiro de 2021.
"Tudo o que posso dizer é que o Presidente a apoia", apontou Karine Jean-Pierre, sublinhando que tanto Biden como Harris "sempre apoiaram os trabalhadores e isso está presente nas políticas que executaram".
A verdadeira questão, para Jean-Pierre, é saber por que razão os republicanos não se juntaram aos democratas na defesa destas políticas. "Não o fizeram", apontou.
A equipa de campanha do ex-presidente republicano considerou hoje que Harris cometeu plágio desonesto e atacou a candidata democrata, considerando que mantém o seu padrão de adotar posições na sua campanha que são exatamente "o oposto das políticas falhadas, fracas e perigosamente liberais que sempre promoveu e implementou ao longo da sua carreira".
"Apesar do facto de a candidata democrata ter implementado um novo programa no ano passado para cobrar mais impostos sobre as gorjetas, a primeira proposta de Harris é um plágio completo da proposta do presidente Trump de eliminar os impostos sobre as gorjetas para os trabalhadores da indústria de serviços", destacou Steven Cheung, diretor de comunicação da campanha, em comunicado.
Para a campanha de Trump, "os novos consultores (do ex-presidente Barack) Obama que assumiram o controlo da sua campanha falhada pensam que Kamala é uma líder falhada, uma intelectual ligeira e uma candidata terrível, rodeada de uma equipa estúpida".
É por isso que "não está autorizada a realizar entrevistas para responder ao povo americano pelo sofrimento económico que ela própria lhes infligiu nos últimos quatro anos", salientou ainda.
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