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Adolescente britânica admite participação em distúrbios anti-imigração

Uma adolescente britânica de 13 anos admitiu hoje ter participado em distúrbios junto a um hotel que alojava requerentes de asilo na localidade de Aldershot, durante os motins anti-imigração há duas semanas no Reino Unido.

Adolescente britânica admite participação em distúrbios anti-imigração
Notícias ao Minuto

17:25 - 13/08/24 por Lusa

Mundo Reino Unido

A adolescente, cujo nome não pode ser revelado por ser menor de idade, compareceu hoje perante a Tribunal de Magistrados de Basingstoke, sul do Reino Unido, informaram fontes judiciais citadas pela agência espanhola EFE.

 

Perante o tribunal, a menor admitiu ter proferido ameaças, em 31 de julho, diante do hotel Potters International em Aldershot, onde estavam alojados requerentes de asilo.

A sentença da adolescente será decidida no próximo mês de setembro, segundo as mesmas fontes.

Os motins anti-imigração, os piores registados no Reino Unido desde 2011, ocorreram em várias cidades de Inglaterra e da Irlanda do Norte, onde grupos de extrema-direita atiraram garrafas, pedras e latas contra agentes da autoridade, atacaram mesquitas e incendiaram um hotel que albergava requerentes de asilo.

Os tumultos foram desencadeados por um ataque com arma branca que vitimou três crianças (uma delas lusodescendente), 29 de julho, em Southport (noroeste de Inglaterra), e exponenciados por rumores publicados nas redes sociais, entretanto parcialmente desmentidos, sobre a nacionalidade do agressor, um adolescente britânico, de ascendência ruandesa.

No total, ocorreram nos dias seguintes mais de 975 detenções, 546 acusações e as primeiras condenações a prisão efetiva para desordeiros e publicações 'online' que incitaram à violência, segundo o Conselho Nacional de Chefes de Polícia (NPCC, em inglês).

Um rapaz de 12 anos tornou-se na segunda-feira a pessoa mais nova indiciada por vandalismo, no seu caso por ter arremessado um objeto a agentes da polícia, noticiou a estação de televisão pública BBC.

O rapaz, cuja identidade não foi revelada, compareceu num tribunal de menores em Liverpool e foi libertado sob fiança enquanto aguarda a leitura da sentença, agendada para 17 de setembro.

Outros adolescentes estão também entre os acusados pelas autoridades.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, prometeu que a justiça agirá rapidamente contra os responsáveis pelos motins e na segunda-feira saudou o "desanuviamento" verificado no fim de semana.

No sábado, milhares de britânicos participaram em novas manifestações antirracistas em várias cidades, para condenar a violência xenófoba e islamófoba da semana anterior no país.

Os últimos grandes confrontos entre a polícia e os desordeiros conotados com a extrema-direita em Inglaterra registaram-se na segunda-feira da semana passada, atribuindo as autoridades esta acalmia à resposta judicial muito firme do novo Governo trabalhista, no poder desde o início de julho no Reino Unido.

Na segunda-feira, Downing Street (residência oficial do primeiro-ministro britânico) congratulou-se com esta "resposta rápida do sistema judicial", que permitiu "no espaço de alguns dias deter, indiciar, condenar e encarcerar criminosos".

Leia Também: Tem 12 anos e é a pessoa mais nova acusada pelos protestos no Reino Unido

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