Volodymyr Zelensky reivindica controlo de 74 localidades russas

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky reivindicou hoje o controlo de 74 localidades em território russo, onde as suas forças desencadearam na semana passada uma ofensiva que implicou a retirada de dezenas de milhares de civis.

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Lusa
13/08/2024 18:55 ‧ 13/08/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Apesar dos combates difíceis e intensos, prossegue o avanço das nossas forças na região de Kursk (...). Existem 74 localidades sob controlo da Ucrânia", indicou Zelensky em mensagem na rede social Telegram, após receber um ponto de situação do comandante-chefe das Forças Armadas, Oleksandr Syrskyi.

 

O Presidente ucraniano afirmou ainda que "centenas" de soldados russos já se renderam na região de Kursk após a ofensiva ucraniana e que "estão a ser tratados com humanidade", algo que não teriam "nem no próprio exército russo".

Desde o início desta incursão, dezenas de pessoas morreram e cerca de 120.000 tiveram que ser evacuadas da região russa.

Em contrapartida, a Rússia disse que as suas forças impediram o progresso da incursão ucraniana na região de Kursk, e quando um porta-voz da diplomacia ucraniana garantia que Kyiv "não tem intenção" de ocupar território russo.

Unidades do Exército russo, incluindo novas reservas, aviação, equipas de 'drones' e forças de artilharia impediram os grupos móveis ucranianos de aprofundarem o seu avanço na Rússia perto das localidades de Obshchy Kolodez, Snagost, Kauchuk e Alexeyevsky, na província de Kursk, indicou o ministério da Defesa russo em comunicado.

Em paralelo, o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Heorhii Tykhyi, assegurou que a operação transfronteiriça se destina a proteger território ucraniano dos ataques de longo alcance desencadeados a partir de Kursk.

"A Ucrânia não está interessada em obter território da região de Kursk, mas queremos proteger as vidas do nosso povo", argumentou, citado pelos 'media' locais.

Indicou ainda que a Rússia lançou mais de 2.000 ataques nos últimos meses a partir da região de Kursk, utilizando mísseis antiaéreos, morteiros, 'drones', bombas planadoras e mais de 100 mísseis.

As forças do Kremlin também intensificaram os ataques na frente leste. Hoje, o estado-maior ucraniano indicou que as tropas russas efetuaram 52 assaltos nas últimas 24 horas na área da Pokrovsk, cidade na região de Donetsk perto da linha da frente, o dobro dos ataques que aí ocorreram há uma semana.

Os militares ucranianos também continuam a garantir o controlo de 1.000 quilómetros quadrados de território russo. Os objetivos do avanço militar na região de Kursk permanecem em segredo militar.

Analistas citados pela agência noticiosa Associated Press (AP) consideram que o "catalisador" para esta operação consiste no desejo ucraniano de aliviar a pressão nas suas linhas da frente, tentando desviar as forças russas para a defesa de Kursk e de outras regiões fronteiriças. No entanto, a intensificação dos combates em torno de Pokrovsk parece sugerir que Moscovo "não mordeu o isco".

Um porta-voz do exército ucraniano, Dmytro Lykhoviy, alegou hoje em declarações ao Politico que o ataque ucraniano levou a Rússia a retirar de território ocupado na Ucrânia "um número relativamente pequeno" de unidades.

"A Rússia relocalizou algumas das suas unidades das regiões de Zaporijia e Kherson no sul da Ucrânia", disse Lykhoviy.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais, que também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.

[Notícia atualizada às 19h08]

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