Egito reforça contactos para tentar alcançar trégua em Gaza

O Egito, um dos principais mediadores entre Israel e o Hamas, intensificou os esforços com vista a alcançar uma trégua em Gaza e "conter" a crescente tensão no Médio Oriente, face às ameaças do Irão contra o Estado judeu.

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Lusa
14/08/2024 09:49 ‧ 14/08/2024 por Lusa

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Médio Oriente

 

 

De acordo com um comunicado do Ministério dos Negócios Estrangeiros egípcio, o ministro Badr Abdelatty manteve conversações telefónicas com os seus homólogos da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos (EAU) e da Turquia, na terça-feira.

"Os contactos centraram-se na coordenação e na intensificação dos esforços para conter as tensões regionais e evitar que a situação se descontrole", refere o comunicado.

O objetivo é "travar a guerra em Gaza, conseguir um cessar-fogo que permita a troca de reféns por prisioneiros e trazer ajuda para fazer face à situação catastrófica na Faixa de Gaza".

Estes contactos surgem num momento em que crescem as expectativas quanto a uma ronda de conversações prevista para quinta-feira, com vista a acordar uma trégua em Gaza, o que poderia também evitar um ataque iraniano ao Estado judaico, que o Irão responsabiliza pelo recente assassinato do líder do Hamas, Ismael Haniyeh, em Teerão.

Os Estados Unidos, o Egito e o Qatar, principais mediadores entre Israel e o Hamas, convidaram, na semana passada, as partes a reunirem-se no Cairo ou em Doha, para alcançarem uma trégua.

Nenhum dos mediadores confirmou se o Hamas participará na reunião ou se esta se realizará no Cairo ou em Doha, embora os porta-vozes norte-americanos tenham afirmado que o Qatar informou Washington de que trabalhará para assegurar a representação do grupo islamita.

Para além do cessar-fogo em Gaza, o ministro dos Negócios Estrangeiros egípcio também coordenou com os seus homólogos da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos e da Turquia "os esforços de mediação regionais e internacionais para chegar a acordo sobre uma trégua na guerra no Sudão", acrescentou o comunicado.

Leia Também: Jordânia e Egito condenam ida de judeus à Esplanada das Mesquitas

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