As autoridades suecas confirmaram, esta quinta-feira, o primeiro caso do subtipo Clade I de Mpox - o mais grave do vírus - registado fora de África.
"Durante a tarde, tivemos a confirmação de que temos um caso na Suécia do tipo mais grave de Mpox, o chamado Clade I", anunciou o ministro da Saúde e dos Assuntos Sociais da Suécia, Jakob Forssmed, em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Reuters.
Já de acordo com a Agência Sueca de Saúde, a pessoa em causa foi infetada durante uma estadia numa zona de África onde se verifica atualmente um surto do subtipo Clade I de Mpox.
"Uma pessoa que procurou cuidados em Estocolmo foi diagnosticada com a nova variante de Mpox, a Clade I. Trata-se do primeiro caso proveniente de fora do continente africano", declarou a agência, citada pela BBC.
Na nota, o organismo garantiu ainda estar a "diagnosticar, isolar e tratar com segurança os doentes com Mpo" e que "o facto de uma pessoa com Mpox estar a ser tratada no país não afeta o risco para a população em geral".
A notícia surge um dia após a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter declarado o surto de Mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação.
Existem dois tipos de Mpox: o Clade I e o Clade II. Em 2022, uma epidemia mundial da variante Clade II propagou-se a uma centena de países onde a doença não era endémica, afetando principalmente homens homossexuais e bissexuais.
A OMS declarou um alerta máximo em julho de 2022 em resposta ao surto, mas levantou-o menos de um ano depois, em maio de 2023. A epidemia causou cerca de 140 mortes num total estimado de 90 mil casos.
No entanto, segundo as autoridades suecas, o subtipo registado no país - o Clade I, está ligado a "a um desenvolvimento mais grave da doença e maior mortalidade".
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