Apesar de uma clara vitória nas urnas, com 40,8% dos votos, o partido Vetevendosje (LVV, Autodeterminação), do primeiro-ministro Albin Kurti, não tem maioria absoluta para governar sozinho.
Com 48 dos 120 assentos parlamentares, falta-lhe o apoio de pelo menos 13 deputados de outros partidos.
O Partido Democrático do Kosovo (PDK), da oposição, é a segunda maior força política, com 24 mandatos, ao passo que a Liga Democrática do Kosovo (LDK) ocupa o terceiro lugar, com 20 deputados, seguida da coligação Aliança para o Futuro do Kosovo (AAK)-Nisma, com oito.
Dos dez lugares reservados à comunidade sérvia do Kosovo, nove foram conquistados pela Lista Sérvia e um foi obtido por um partido sérvio mais pequeno, sendo outros dez divididos entre representantes de outras minorias.
Como nenhum partido tem a maioria absoluta necessária para governar, a questão é saber se é possível formar uma coligação entre dois ou mais partidos, um processo de aproximação e negociações que ainda não produziu um resultado definitivo.
Os esforços do LVV para alcançar um acordo de coligação com o LDK falharam, e outros partidos também rejeitaram a possibilidade de se juntar à formação do primeiro-ministro.
Alguns observadores políticos consideram que, se Kurti não conseguir reunir o apoio necessário, a Presidente do país, Vjosa Osmani, poderá entregar a missão de formar um novo Governo ao líder de outro partido.
Se essa tentativa também falhar, a opção mais provável será a realização de novas eleições no próximo mês de junho.
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