De tigres a hienas. Rede em Espanha vendia animais exóticos na Internet

Durante as buscas, foram encontrados um caracal, dois servais e 16 felinos com diferentes graus de hibridação.

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© Reprodução Guardia Civil

Notícias ao Minuto
14/04/2025 15:48 ‧ ontem por Notícias ao Minuto

Mundo

Espanha

A Guardia Civil espanhola deteve duas pessoas em Manacor, Maiorca, e investigou outra, por venda diferentes espécies de animais exóticos, incluindo tigres brancos, leopardos negros, hienas e pumas, através da Internet. A operação, denominada 'Kotach', revelou uma organização criminosa global que envolve criadores, transportadores e veterinários.

 

Das buscas efetuadas, "os agentes localizaram um total de 19 exemplares da família dos felinos, entre os quais: um caracal puro, dois servais puros e outros 16 felinos híbridos de diferentes graus de hibridação e espécies", revela um comunicado, divulgado esta segunda-feira.

Foi também apreendida documentação. que está a ser analisada, "bem como mais de 40 passaportes de animais provenientes da Rússia, Bielorrússia e China, além de dois computadores, três telemóveis e duas pen drives". 

A investigação começou em março do ano passado, quando as autoridades tiveram conhecimento de que um casal, que vivia numa localidade em Palma de Maiorca, tinha e criava" servais, caracais e seus híbridos com gatos domésticos num terreno, colocando-os depois à venda nas redes sociais". 
 
"Os agentes puderam confirmar que a atividade do casal nas redes sociais era extremamente ativa, uma vez que eram contactados por pessoas de outros países para comprar este tipo de animais", lê-se.

Ao prosseguirem as investigações, "os agentes descobriram que a criação de caracais e servais em Maiorca era a ponta do icebergue de um esquema internacional que envolvia outras espécies protegidas (tigres brancos, leopardos negros, pumas, hienas, etc.), com a participação de criadores, transportadores e veterinários". 

A maior parte dos animais à venda "provinha de países como a Rússia, a Bielorrússia e a Ucrânia para serem contrabandeados para a União Europeia (UE(." Os animais foram também introduzidos clandestinamente na UE através da fronteira entre a Polónia e a Bielorrússia e, a partir daí, distribuídos com documentação falsa, refere a Guardia Civil. 
 
Os detidos anunciavam nas suas contas nas redes sociais a venda de tigres brancos, panteras nebulosas, linces boreais, hienas, leopardos negros e pumas. A pantera nebulosa, por exemplo, estava a ser vendida por 60.000 euros. 

Os suspeitos não possuíam licença de criador nem qualquer tipo de documento para a venda e, por isso, foram detidos. 

A Guardia Civil destaca que estas espécies necessitam de muito espaço e são muito agressivas, podendo "representar um perigo para as pessoas ou outros animais". Por isso, "muitas pessoas acabam por se livrar delas". 

Além disso, vários criadores conseguiram hibridizar estes felinos com gatos domésticos, "apesar dos problemas de esterilidade e viabilidade da descendência devido a nascimentos prematuros". 
 
Note-se que estes animais são animais protegidos ao abrigo da CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies Silvestres Ameaçadas de Extinção, um acordo internacional ao qual os países aderem voluntariamente com o objetivo de assegurar que o comércio de animais e plantas não põe em risco a sua sobrevivência no estado selvagem. 

Pode ver algumas imagens da operação na galeria acima.

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