De acordo com uma fonte parlamentar citada pela agência AFP, confirmando o que foi noticiado pela imprensa, o Governo de Olaf Scholz, que procura fazer poupanças, não prevê "qualquer ajuda suplementar" aos quatro mil milhões de euros incluídos no Orçamento do próximo ano para a ajuda militar à Ucrânia.
Este ano, a ajuda de Berlim, o segundo maior contribuinte depois dos Estados Unidos da América (EUA), ascende a oito mil milhões de euros.
Para compensar a redução, a Alemanha conta com a criação, no âmbito do G7 (grupo das sete maiores economias) e da União Europeia, de "um instrumento financeiro que utilize os ativos russos congelados", acrescentou uma fonte do Ministério das Finanças.
"A ajuda bilateral alemã mantém-se ao mais alto nível, mas está a contar com a eficácia deste instrumento", indicou a mesma fonte.
Os aliados da Ucrânia estão a trabalhar há vários meses num plano para utilizar uma parte dos 300 mil milhões de dólares em ativos russos congelados em todo o mundo para apoiar Kyiv na sua guerra contra o exército russo.
Em meados de junho, foi alcançado um "acordo político" entre os países do G7 sobre uma proposta dos EUA para financiar um empréstimo de 50 mil milhões de euros à Ucrânia.
Berlim "parte do princípio de que estes fundos estarão disponíveis a partir de 2025", disse à AFP a fonte parlamentar.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kyiv também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.
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