De acordo com a declaração, os quatro países "apoiam firmemente os esforços de mediação em curso por parte dos EUA, do Egito e Qatar para concluir o acordo de cessar-fogo e de libertação de reféns, mantendo-se encorajados pela abordagem construtiva adotada até agora".
"Congratulamo-nos com o facto do trabalho técnico continuar nos próximos dias, incluindo as disposições humanitárias e as disposições específicas relativas aos reféns e aos detidos, e dos altos funcionários se reunirem novamente no final da próxima semana com o objetivo de concluir o acordo", acrescenta a declaração.
Os quatro países sublinham a importância de continuar "negociações positivas" e de "evitar qualquer escalada de ações na região que comprometa as perspetivas de paz".
"O que está em jogo é demasiado elevado", conclui a nota sobre o conflito.
O ministro italiano dos Negócios Estrangeiros, Antonio Tajani, escreveu nas redes sociais: "Não podemos perder tempo. Vamos trabalhar em conjunto com todos os países da região para dar ao Médio Oriente perspetivas de estabilidade e de paz".
Na sexta-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou que um acordo entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza estaria "mais perto do que nunca", após a conclusão de nova ronda negocial, mas o Hamas reagiu hoje, considerando que o anúncio do Chefe de Estado sobre um "quase" acordo para Gaza é "uma ilusão", e falou num "enorme retrocesso nas negociações".
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois deste movimento ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis israelitas.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
As negociações para a paz em Doha, capital do Catar foram retomadas na quinta-feira, dia em que o número de mortes na Faixa de Gaza em resultado da ofensiva israelita ultrapassou os 40 mil, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.
Leia Também: Pelo menos 25 mortos em Gaza e no Líbano em ataques atribuídos a Israel