"Hoje falei com o ministro dos Assuntos Sociais e da Saúde Pública da Suécia, Jacob Forssmed, para discutir os últimos desenvolvimentos após a notificação do caso Mpox clade 1 na Suécia. A vigilância e preparação são de extrema importância", escreveu a comissária europeia da tutela, Stella Kyriakides, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).
"A UE continuará a prestar todo a apoio necessário", garantiu a responsável.
A posição surge no dia em que a UE aborda novas medidas, numa reunião técnica em resposta à emergência de saúde pública internacional declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) face ao atual surto de Mpox na República Democrática do Congo.
Today I spoke to 🇸🇪 Social Affairs and Public Health Minister @jakobforssmed to discuss the latest developments following the reporting of the #Mpox clade 1 case in Sweden.
— Stella Kyriakides (@SKyriakidesEU) August 19, 2024
Vigilance and preparedness are of utmost importance. The 🇪🇺 will continue providing all necessary support.
A reunião foi do Comité de Segurança da Saúde da União Europeia, composto por especialistas da Comissão Europeia e dos Estados-membros, que coordena a resposta rápida da UE às ameaças sanitárias transfronteiriças graves.
Também através do X, Stella Kyriakides indicou que o Comité de Segurança da Saúde da União Europeia se reuniu hoje "para debater a preparação e o caminho a seguir para proteger os cidadãos", sem especificar novas medidas adotadas.
"É essencial adotar uma abordagem coordenada a nível da UE para evitar potenciais surtos de casos de varíola", adiantou a responsável na mesma publicação.
Na sexta-feira, o Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) estimou ser "altamente provável" que a União Europeia tenha mais casos importados de Mpox, após a nova variante ter aparecido na quinta-feira na Suécia importada de África.
"Numa nova avaliação de risco, o ECDC afirmou que é altamente provável que a UE/EEE [União Europeia e Espaço Económico Europeu] venham a registar mais casos importados de varíola causada pelo vírus da clade I que circula atualmente em África", a variante mais perigosa da doença.
Ainda assim, o centro europeu refere que "a probabilidade de transmissão sustentada na Europa é muito baixa, desde que os casos importados sejam diagnosticados rapidamente e que sejam aplicadas medidas de controlo".
Ainda na sexta-feira, a Direção-Geral da Saúde esclareceu que nenhum dos casos de Mpox reportados em Portugal é da variante mais perigosa da doença (clade I).
Na quinta-feira, depois de a Suécia ter registado o primeiro caso de uma variante mais contagiosa e perigosa da doença, a OMS alertou para a possibilidade de serem detetados na Europa outros casos importados de Mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos.
A OMS já tinha declarado, na quarta-feira, o surto de Mpox em África como emergência global de saúde, com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países e uma nova variante em circulação.
Esta é a segunda vez em dois anos que a doença infecciosa é considerada uma potencial ameaça para a saúde internacional, um alerta que foi inicialmente levantado em maio do ano passado, depois de a sua propagação ter sido contida e a situação ter sido considerada sob controlo.
A nova variante pode ser facilmente transmitida por contacto próximo entre dois indivíduos, sem necessidade de contacto sexual, e é considerada mais perigosa do que a variante de 2022.
O Mpox transmite-se sobretudo pelo contacto próximo com pessoas infetadas, incluindo por via sexual.
[Notícia atualizada às 16h14]
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