"Desespero crescente". Lavrov diz que Ocidente quer "substituir" Zelensky
Diplomata russo fala na "falta de capacidade de Zelensky para cumprir a missão que lhe foi atribuída".
© EVGENIA NOVOZHENINA/POOL/AFP via Getty Images
Mundo Ucrânia/Rússia
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou, esta segunda-feira, que o Ocidente já não está satisfeito com Volodymyr Zelensky como presidente da Ucrânia e está a tentar "substituí-lo".
Esta declaração foi feita o programa 'Moscovo. Kremlin. Putin', da estação Rossiya-1, segundo cita a agência estatal russa TASS.
Lavrov começou por dizer que Washington, Londres e outras capitais europeias começaram a defender que cabe à Ucrânia defender a sua soberania e que Berlim já chegou ao ponto de dizer: "Depois de entregarmos as nossas armas à Ucrânia, elas deixam de ser nossas e passam a ser ucranianas, por isso não temos nada a ver com isto", escreve a TASS.
"É uma pena, penso eu", disse o diplomata russo.
"O que demonstra, em certa medida, o desespero crescente do Ocidente, a falta de capacidade de Zelensky para cumprir a missão que lhe foi atribuída e o facto de os líderes ucranianos estarem numa situação desesperada. Está a ser feita uma busca para os substituir. A imprensa alemã e americana está a começar a descartá-lo lentamente e a criar a imagem de um perdedor", defendeu.
Recorde-se que foi recentemente noticiado que, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025, o governo de coligação liderado pelo social-democrata Olaf Scholz tenciona reduzir para metade a ajuda militar à Ucrânia. Apesar destes cortes orçamentais, a Alemanha promete continuar a ajudar Ucrânia.
A imprensa alemã noticiou que o governo inscreveu 4.000 milhões de euros para a ajuda militar a Kyiv em 2025, metade do orçamentado para este ano. A Alemanha, note-se, é o segundo contribuinte na ajuda à Ucrânia depois dos Estados Unidos.
De realçar que as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, continuaram o avanço na frente oriental nos últimos dias, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.
As negociações entre as duas partes estão bloqueadas desde a primavera de 2022, continuando Moscovo a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de parte do seu território.
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