"Desespero crescente". Lavrov diz que Ocidente quer "substituir" Zelensky

Diplomata russo fala na "falta de capacidade de Zelensky para cumprir a missão que lhe foi atribuída".

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© EVGENIA NOVOZHENINA/POOL/AFP via Getty Images

Notícias ao Minuto
19/08/2024 15:37 ‧ 19/08/2024 por Notícias ao Minuto

Mundo

Ucrânia/Rússia

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou, esta segunda-feira, que o Ocidente já não está satisfeito com Volodymyr Zelensky como presidente da Ucrânia  e está a tentar "substituí-lo". 

 

Esta declaração foi feita o programa 'Moscovo. Kremlin. Putin', da estação Rossiya-1, segundo cita a agência estatal russa TASS. 

Lavrov começou por dizer que Washington, Londres e outras capitais europeias começaram a defender que cabe à Ucrânia defender a sua soberania e que Berlim já chegou ao ponto de dizer: "Depois de entregarmos as nossas armas à Ucrânia, elas deixam de ser nossas e passam a ser ucranianas, por isso não temos nada a ver com isto", escreve a TASS. 

"É uma pena, penso eu", disse o diplomata russo.

"O que demonstra, em certa medida, o desespero crescente do Ocidente, a falta de capacidade de Zelensky para cumprir a missão que lhe foi atribuída e o facto de os líderes ucranianos estarem numa situação desesperada. Está a ser feita uma busca para os substituir. A imprensa alemã e americana está a começar a descartá-lo lentamente e a criar a imagem de um perdedor", defendeu. 

Recorde-se que foi recentemente noticiado que, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2025, o governo de coligação liderado pelo social-democrata Olaf Scholz tenciona reduzir para metade a ajuda militar à Ucrânia. Apesar destes cortes orçamentais, a Alemanha promete continuar a ajudar Ucrânia

A imprensa alemã noticiou que o governo inscreveu 4.000 milhões de euros para a ajuda militar a Kyiv em 2025, metade do orçamentado para este ano. A Alemanha, note-se, é o segundo contribuinte na ajuda à Ucrânia depois dos Estados Unidos.

De realçar que as tropas russas, mais numerosas e mais bem equipadas, continuaram o avanço na frente oriental nos últimos dias, apesar da ofensiva ucraniana na Rússia, na região de Kursk.

As negociações entre as duas partes estão bloqueadas desde a primavera de 2022, continuando Moscovo a exigir que a Ucrânia aceite a anexação de parte do seu território.

Leia Também: Primeiro-ministro indiano visita Kyiv pela primeira vez na sexta-feira

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