"Os guerreiros ucranianos continuam as suas operações defensivas nas áreas designadas da região de Kursk. Até hoje, as nossas forças controlam mais de 1.250 quilómetros quadrados do território de Kursk e 92 localidades", disse Zelensky num discurso perante embaixadores da Ucrânia, em Kiev.
O líder ucraniano sublinhou que esta ofensiva em território russo representa o "maior investimento" de Kiev para a futura libertação de prisioneiros de guerra sob custódia russa, indicando que nesta operação foram capturados numerosos soldados de Moscovo que servirão para uma troca.
"Agora, a fronteira russa em frente à nossa região de Sumy [nordeste da Ucrânia] está em grande parte livre da presença do Exército russo. E isto também está entre os objetivos táticos da nossa operação", relatou Zelensky, que, por enquanto, prefere manter em segredo os detalhes sobre a operação em Kursk.
As tropas ucranianas penetraram na região russa de Kursk através de Sumy no início de agosto, numa operação que, num primeiro momento, Moscovo afirmou ter frustrado mas sobre a qual Kiev continua a informar e a publicar imagens do avanço das suas tropas.
Na mesma intervenção junto dos diplomatas, o Presidente ucraniano voltou a pedir aos seus aliados ocidentais que permitam que Kiev ataque a Rússia com armas de longo alcance, a fim de "parar o avanço" do Exército russo no leste da Ucrânia.
"A Ucrânia só pode impedir o avanço do Exército russo na frente com uma decisão que esperamos dos nossos parceiros: a decisão sobre capacidades de longo alcance", declarou.
[Notícia atualizada às 19h42]
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