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Rússia cria 3 agrupamentos militares para defender regiões na fronteira

O Ministério da Defesa russo anunciou hoje a criação dos agrupamentos militares Belgorod, Briansk e Kursk, para defender as regiões fronteiriças homónimas com a Ucrânia dos ataques em curso pelas forças de Kyiv.

Rússia cria 3 agrupamentos militares para defender regiões na fronteira
Notícias ao Minuto

18:16 - 20/08/24 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

A criação destas unidades foi revelada pelo Ministério da Defesa no final de uma reunião presidida pelo titular da pasta, Andrei Belousov.

 

Segundo uma nota oficial, os novos grupos vão defender os cidadãos de 'drones' e outro tipo de ataques ucranianos.

As novas unidades são criadas em plena operação militar de Kyiv na região russa fronteiriça de Kursk, onde as forças ucranianas afirmam controlar mais de 1.260 quilómetros quadrados e 93 localidades, num ligeiro avanço face aos números adiantados na segunda-feira.

As autoridades de outras regiões fronteiriças russas relatam regularmente tentativas de invadir o seu território, mas sem sucesso confirmado até ao momento.

Após o início da guerra na Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a Rússia criou seis agrupamentos de tropas: Tsentr (centro), Zapad (oeste), Yug (sul), Vostok (leste), Dniepre e Sever (norte).

Até agora, a defesa das regiões fronteiriças coube ao grupo norte.

Ao mesmo tempo, as tropas russas continuaram hoje o seu avanço na região oriental ucraniana de Donetsk, onde capturaram a simbólica localidade de New York.

O Ministério da Defesa russo informou no seu relatório diário que as tropas do grupo militar centro eliminaram a resistência ucraniana de New York (ou Niu-York), uma localidade de 3.000 habitantes (mais de 10.000 antes da guerra).

O comando militar russo destacou que New York (Novgoroskoye para os russos) é "um importante centro logístico" nas imediações da cidade de Toretsk, convertida em bastião pelas tropas de Kyiv.

A avaliar pela intensificação dos combates na frente leste da Ucrânia, em que as tropas de Moscovo mantêm a iniciativa, o que é reconhecido em Kyiv, a Rússia optou por não parar esta ofensiva para conter as tropas ucranianas na região de Kursk.

Os serviços médicos russos indicaram hoje 17 civis mortos e mais de 140 feridos devido à ofensiva lançada pela Ucrânia no território russo no início de agosto.

Segundo o portal de informação RCB-Ukraina, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou aos seus militares que expulsassem as forças ucranianas de Kursk até 01 de outubro, mas sem retirar as tropas dos setores onde o Exército russo avança na região de Donetsk.

"Na verdade, os russos estão a tentar enviar unidades de toda a linha da frente para a região de Kursk, exceto dos setores de Pokrovsk e Toretsk", sublinha a publicação, que levanta a hipótese de as forças de Moscovo não terem reservas suficientes.

O chefe das Forças Armadas ucranianas, Oleksandr Sirski, afirmou hoje no congresso de autoridades locais e regionais que, na operação lançada em Kursk, foram penetrados entre 28 e 35 quilómetros nas defesas russas, num total de 1.263 metros quadrados de território e 93 localidades sob controlo de Kyiv.

Sirski acrescentou que as tropas russas estão a realizar manobras defensivas para tentar impedir que as unidades ucranianas avancem mais, além de reforçarem as suas reservas e, ao contrário do que diz Moscovo, enviarem tropas de outras frentes.

"As futuras ações das nossas forças nesta frente dependerão do desenvolvimento da situação operacional", afirmou.

No seu discurso, o comandante das forças ucranianas especificou ainda que, em média, a Rússia utiliza 45.000 cartuchos de munições por dia para atacar posições militares no leste e no sul do país.

Além disso, desde o início da invasão, a Rússia lançou mais de 9.600 mísseis e quase 14.000 drones contra a Ucrânia, dos quais acima de 2.400 e 9.200, respetivamente, foram abatidos pelas defesas ucranianas, indicou.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial.

Leia Também: Patriarcado ortodoxo de Moscovo condena proibição "ilegal" na Ucrânia

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