Sem amigos e com alegada deficiência. Homicida de Mateo "não estava bem"
As autoridades continuam a investigar o sucedido, analisando também se no dia dos factos o homicida confesso pretendia agredir mais alguém.
© Juan Moreno/Europa Press via Getty Images
Mundo Crime
O pequeno Mateo, de 11 anos, morto à facada quando brincava com os amigos num campo de futebol em Mocejón, Toledo, Espanha, foi hoje enterrado.
O autor do crime, um homem de 20 anos, já foi apanhado e confessou o crime.
Enquanto o choque e a dor ainda pairam na comunidade, sabe-se agora que o suspeito terá uma deficiência intelectual grave devido a uma perturbação mental.
Esta quarta-feira, as autoridades encontraram o que se pensa ser a arma do crime, uma faca de cozinha com restos biológicos humanos.
Os agentes da Guardia Civil estão a investigar todos os seus movimentos e o que o levou a agir desta forma. Para tal, estão a tentar certificar-se se, como o seu pai afirmou, ele tem um elevado grau de deficiência intelectual.
Segundo o Telecinco, além disso, estão a tentar determinar se, apesar disso, ele tinha capacidade para preparar e planear o crime, tendo consciência dos seus atos, o que também é crucial para determinar a extensão da pena.
Poucas pessoas na cidade de Toledo o conheciam. "O facto de ele ser daqui chocou-nos ainda mais". "Este rapaz tinha família aqui, mas não saía muito de casa", disseram alguns dos vizinhos ao mesmo meio.
Aqueles de facto o conhecem, no entanto, concordam que ele tinha comportamentos estranhos: "A nível motor, cognitivo, social, comportamental... são particulares", disse um vizinho.
Os vizinhos dizem ainda que o pai “também não está bem” e, por sua vez, são muitos os que se questionam por que o jovem não foi internado num centro ou não recebeu tratamento específico.
Homicida não teria amigos e teve problemas na escola
O detido como responsável pelo homicídio de Mateo, a quem esfaqueou no passado domingo, por volta das 10h00, depois de se infiltrar no centro desportivo onde passou por um buraco que só era conhecido na localidade, terá agido com a cara coberta e depois fugiu.
Deslocou-se para a casa da avó, mais próxima da cena do crime, foi à missa e depois jantou com a família.
Segundo Levante-EMV, um vizinho de Mocejón afirma que o assassino confesso“ não estava bem há muito tempo, revelando que já espetou "um lápis em outro colega" enquanto estava na escola.
"Nem ele, nem o irmão tinham amigos", frisa a fonte, que acrescenta que os pais são divorciados.
Agora, as autoridades continuam a investigar o sucedido, analisando também se no dia dos factos o homicida confesso pretendia agredir mais alguém.
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