"Dois corpos foram retirados dos escombros e 15 feridos, incluindo dez crianças, foram levados para o hospital após os ataques aéreos israelitas à escola de Salaheddine, na cidade de Gaza", disse à agência France-Presse (AFP) o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Bassal.
O Exército israelita disse ter realizado "um ataque de precisão contra terroristas do Hamas que operavam num centro de comando" nas instalações da escola.
A Defesa Civil relatou posteriormente, segundo a agência EFE, um segundo ataque, que visava o edifício de uma residência familiar adjacente da escola, mas sem deixar vítimas.
Na terça-feira, a Defesa Civil registou pelo menos 12 mortes após um ataque israelita a outra escola na Cidade de Gaza que albergava milhares de deslocados.
O Exército israelita afirmou igualmente ter realizado "um ataque de precisão contra terroristas que operavam num centro de controlo do Hamas (...) escondidos na escola".
No início de agosto, o Exército bombardeou outra escola, al-Tabiine, provocando protestos internacionais. A Defesa Civil registou 93 mortes, incluindo pelo menos 11 crianças e seis mulheres.
As forças de Telavive argumentaram ter identificado 31 combatentes do Hamas e da Jihad Islâmica, outro movimento armado na Faixa de Gaza, eliminados no seu ataque a al-Tabiine.
Nas últimas semanas, o Exército atacou outras escolas na Faixa de Gaza, principalmente na cidade de Gaza, sob o pretexto de acolherem centros de comando do Hamas, o que é negado pelo movimento islamita palestiniano.
Dezenas de milhares de deslocados refugiaram-se em escolas em território palestiniano desde que eclodiu o atual conflito, em 07 de outubro, desencadeado por um ataque sem precedentes do Hamas, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de pessoas levadas como reféns, segundo as autoridades israelitas.
Após o ataque do Hamas, Israel lançou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que já provocou mais de 40 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
Os mediadores do conflito -- Egito, Qatar e Estados Unidos -- procuram alcançar uma trégua no enclave palestiniano e a libertação dos mais de cem reféns ainda em posse do Hamas, mas as partes ainda não chegaram a acordo.
Leia Também: Israel garante ter eliminado brigada do Hamas em Rafah