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Zelensky visita região de onde partiu ofensiva em território russo

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje que visitou Sumi, no norte da Ucrânia, que faz fronteira com a região russa de Kursk, alvo de uma ofensiva ucraniana desde 06 de agosto.

Zelensky visita região de onde partiu ofensiva em território russo
Notícias ao Minuto

12:48 - 22/08/24 por Lusa

Mundo Ucrânia

"Visitei a zona fronteiriça da região de Sumi e encontrei-me com o comandante-chefe [do exército, Oleksandr] Syrsky e com o chefe da administração militar da região de Sumi", afirmou Zelensky nas redes sociais, citado pela agência francesa AFP.

 

Zelensky disse que Sirski o informou da tomada pelas forças ucranianas de outra localidade na região de Kursk, onde as tropas de Kyiv controlam dezenas de aldeias após duas semanas de operações militares.

O Presidente ucraniano disse que a presença das forças ucranianas do lado russo da fronteira reduziu o número de ataques de artilharia russa a Sumi, segundo a agência espanhola EFE.

Segundo Zelensky, a redução dos ataques russos resultou em menos baixas nas aldeias ucranianas perto da linha de demarcação da fronteira.

Zelensky também discutiu com os serviços de emergência em Sumi a organização de comboios humanitários para ajudar a população civil nas áreas controladas pelos ucranianos na região russa de Kursk.

Apesar da ofensiva ucraniana, as tropas russas continuam a avançar na frente oriental e estavam a cerca de 10 quilómetros da cidade ucraniana de Pokrovsk, um importante centro logístico na região de Donetsk.

Moscovo anunciou hoje mesmo ter tomado uma nova localidade perto de Pokrovsk.

"Graças às ações bem-sucedidas das unidades do grupo de tropas do Centro, Mezhove (...) foi libertada", declarou o Ministério da Defesa russo.

Embora a ofensiva em Kursk tenha levado as hostilidades para a Rússia, o epicentro dos combates continua a ser o Donbass, no leste da Ucrânia, onde os soldados russos estão mais bem equipados e são mais numerosos.

Nesta fase, a ofensiva ucraniana na Rússia não parece ter aliviado a pressão russa sobre Pokrovsk, como esperavam as autoridades de Kyiv, segundo a AFP.

Zelensky disse que mencionou hoje "as medidas tomadas para reforçar a defesa" de Pokrovsk, bem como a de Torestk, outra cidade no leste da Ucrânia ameaçada pelo exército russo.

Na região de Kursk, começaram hoje a ser instalados abrigos antiaéreos modulares nas ruas de várias cidades, anunciou o governador regional, Alexei Smirnov.

Num vídeo publicado por Smirnov, um abrigo cinzento com a inscrição vermelha "Ukrytiye" ("Abrigo", em russo) pode ser visto a ser erguido numa rua, segundo a AFP.

Smirnov disse que a decisão foi tomada pela unidade de crise criada na região de Kursk para fazer face à ofensiva do exército de Kyiv.

Os abrigos modulares estão também a ser instalados na cidade de Jeleznogorsk e serão em breve colocados em Kurtchatov, perto da central nuclear de Kursk, acrescentou.

A cidade de Kursk, capital da região com o mesmo nome, fica a cerca de 80 quilómetros da fronteira com Sumi, a partir da qual as forças ucranianas lançaram a ofensiva em curso.

Desde então, Kyiv reivindicou um avanço sem precedentes de mais de 90 localidades na região de Kursk, cobrindo mais de 1.250 quilómetros quadrados.

De acordo com as autoridades russas, mais de 120.000 pessoas fugiram de casa no espaço de duas semanas.

A cidade de Kursk tem uma população de cerca de 440.000 habitantes.

A Ucrânia também disse hoje que na quarta-feira à noite atingiu com 'drones' uma base aérea em Marinovka, na região de Volgogrado, a mais de 300 quilómetros da fronteira.

Uma fonte dos serviços de segurança de Kyiv disse que a base é utilizada por aviões russos que atacam posições ucranianas na linha da frente.

A Rússia anunciou hoje que abateu 28 'drones' ucranianos em seis regiões diferentes na noite passada, 13 dos quais na região de Volgogrado.

As informações divulgadas pelas duas partes sobre a guerra em curso desde fevereiro de 2022 não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

Leia Também: "Desespero crescente". Lavrov diz que Ocidente quer "substituir" Zelensky

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