Rússia acusa Ucrânia de tentar atacar a central nuclear de Kursk com drone
As autoridades russas acusaram hoje a Ucrânia de tentar atacar a central nuclear de Kursk com um 'drone kamikaze', local que o responsável da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, visitará em breve.
© Russian Ministry of Defense / Handout/Anadolu via Getty Images
Mundo Ucrânia
Na noite de quinta-feira, "o regime de Kyiv tentou cometer um ato de terrorismo nuclear com um 'drone kamikaze' numa central nuclear localizada em Kurchatov, na região de Kursk", denunciaram as autoridades russas, citadas pela agência de notícias TASS.
"Um veículo aéreo não tripulado ucraniano foi abatido nas proximidades da central nuclear", relataram os serviços de segurança russos, explicando que a ogiva do 'drone' continha uma granada antitanque.
Esses acontecimentos exigem uma "resposta imediata" por parte da AIEA, declarou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova.
A agência das Nações Unidas para o nuclear confirmou na quinta-feira que a Rússia informou da descoberta de restos de um 'drone' a poucos metros da central nuclear de Kursk, uma região parcialmente ocupada pela Ucrânia.
Segundo a agência, os fragmentos do 'drone' foram encontrados a cerca de 100 metros do depósito de combustível nuclear usado da central, após ter sido intercetado "na madrugada de 22 de agosto".
"A atividade militar nas proximidades de uma central nuclear representa um sério risco para a segurança nuclear", alertou o diretor-geral da AIEA, Rafael Grossi, sem especificar de quem partiu o 'drone' abatido na zona da central.
O líder da agência da ONU anunciou ainda uma visita ao local durante a próxima semana.
O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou na quinta-feira a Ucrânia de ter lançado o ataque contra a central, o que Kyiv negou horas depois, numa troca de acusações entre as partes.
A AIEA tem instado as partes em confronto a evitarem as hostilidades nas imediações das centrais nucleares, particularmente da central ucraniana de Zaporijia, ocupada pela Rússia desde março de 2022.
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