Um caça chinês disparou foguetes "várias vezes a uma distância perigosamente próxima" contra um avião de patrulha civil filipino perto do recife de Scarborough a 19 de agosto, declarou o Governo das Filipinas em comunicado.
O mesmo avião foi alvo três dias depois de foguetes disparados a partir do recife de Subi, controlado pela China, acrescenta-se na nota.
Na sexta-feira, Pequim disse ter tomado "contramedidas" em relação a dois aviões militares filipinos acusados de terem entrado no espaço aéreo chinês sobre o mar do Sul da China.
"A 22 de agosto, dois aviões militares filipinos entraram no espaço aéreo perto das ilhas Nansha, incluindo Zhubi Jiao [recife de Subi], onde a China está estacionada", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em comunicado.
Não foi detalhado qual o tipo de medidas tomadas pela China, mas a tutela da diplomacia de Pequim usou a descrição de "profissionais, moderadas e calibradas".
A China vai continuar "a proteger firmemente a sua soberania territorial e os seus direitos marítimos, e opor-se-á firmemente a qualquer ação que os viole", acrescentou a mesma fonte.
Pequim reclama uma grande faixa de ilhas e recifes no mar do Sul da China, incluindo águas e ilhas perto das costas de vários países vizinhos, e ignorou uma decisão de 2016 de um tribunal internacional que rejeitou a reivindicação por falta de mérito legal.
As tensões entre Pequim e Manila intensificaram-se nos últimos meses e têm sido marcadas por uma série de confrontos no mar do Sul da China.
O mais recente ocorreu na segunda-feira, quando navios com bandeiras chinesas e filipinas colidiram perto do disputado atol de Sabina, situado 140 quilómetros a oeste da ilha filipina de Palawan e a cerca de 1.200 quilómetros da ilha de Hainão, o território chinês mais próximo.
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