Os rebeldes do ELB, que lutam pela independência da província do Baluchistão, disseram também que ataques "ainda mais intensos e generalizados" estão para acontecer no país.
O grupo insistiu que não feriu civis e afirmou que 800 dos seus combatentes bem treinados participaram nos diversos ataques.
Os ataques indicam que o movimento rebelde - que há anos tem como alvo as forças de segurança, com ataques de pequena escala, e que tem como aliado os talibãs paquistaneses - está agora muito mais organizado.
O primeiro-ministro do Paquistão, Shehbaz Sharif, prometeu hoje firmeza contra as organizações responsáveis pelos mais recentes ataques.
"Chegou a hora de acabar com o terrorismo (...). Temos de avançar com determinação. Não há espaço para fraquezas", declarou o primeiro-ministro durante numa reunião do Governo em Islamabad, na qual apelou à "unidade" de todo o país.
"Estão enganados se pensam que vão impor o seu controlo", alertou.
Sharif garantiu ainda que esses ataques foram dirigidos contra todos os paquistaneses e não apenas contra uma comunidade específica, como se acredita, depois de terem afetado sobretudo pessoas da região do Punjab, segundo o jornal 'Dawn'.
"O único propósito dos seus objetivos nefastos e impuros é impedir o caminho do progresso", disse Sharif, referindo-se aos ataques que também sofreram alguns dos projetos que a China começou a implantar no país.
Querem "criar distância entre o Paquistão e a China", considerou o primeiro-ministro paquistanês.
Sharif prometeu que todos os recursos necessários serão disponibilizados às forças de segurança, mesmo que isso signifique reduzir o investimento noutras áreas.
"Os terroristas não têm lugar. Aconteça o que acontecer, serão completamente erradicados deste país", enfatizou.
Na segunda-feira, os ataques coordenados ocorridos em várias zonas da província do Baluchistão provocaram cerca de 60 mortos, incluindo 19 agentes das forças de segurança. O exército paquistanês respondeu aos ataques e terá eliminado 21 rebeldes.
Hoje, o exército do Paquistão disse que as suas tropas mataram 25 rebeldes nos últimos dias no noroeste do país. Num comunicado, os militares afirmaram que quatro soldados foram também mortos num tiroteio em Khyber, um distrito na província de Khyber Pakhtunkhwa, perto da fronteira com o Afeganistão.
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