"Não se trata de reconhecer ou não [o Estado palestiniano], mas sim de saber quando o faremos. Nesse sentido, vamos analisar quando é que é o momento certo para podermos realmente influenciar o estabelecimento da paz, chegar a um cessar-fogo e concretizar a solução dos dois Estados [Israel e Palestina]", disse Stubb, numa conferência de imprensa.
O chefe de Estado finlandês, o primeiro no poder a declarar-se abertamente a favor do reconhecimento da Palestina, sublinhou que, neste momento, o país nórdico deve "manter as linhas de comunicação abertas em todas as direções".
O primeiro-ministro conservador finlandês, Petteri Orpo, admitiu na segunda-feira que a Finlândia poderá reconhecer o Estado palestiniano "quando chegar a altura", mas disse que para tal seria necessário um cessar-fogo entre Israel e as milícias palestinianas e progressos no processo de paz.
Por outro lado, a líder do Partido dos Finlandeses (extrema-direita) e principal parceiro do governo, Rikka Purra, rejeitou categoricamente que o país reconheça a soberania palestiniana.
"A posição do Governo é muito clara: não vamos recompensar o Estado palestiniano pelas suas atividades terroristas", declarou hoje à imprensa local.
O presidente do Partido Social Democrata (SDP) e líder da oposição, Antti Lidtman, apelou este fim de semana para que a Finlândia reconheça o Estado palestiniano o mais rapidamente possível, apesar de nenhum dos anteriores líderes do seu partido - incluindo a antiga primeira-ministra Sanna Marin - se ter atrevido a dar esse passo quando estavam em funções.
Mais de 140 países reconheceram a soberania da Palestina como Estado independente, incluindo a Espanha, a Irlanda e a Noruega, em maio passado.
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