"Abu Shujaa, comandante da brigada de Tulkarem das brigadas al-Quds", o braço armado da Jihad Islâmica, movimento islamista com forte presença nos campos de refugiados do norte da Cisjordânia, "morreu juntamente com vários irmãos da sua brigada, após uma batalha heroica contra os soldados da ocupação israelita", refere o grupo em comunicado.
A Jihad Islâmica afirma ainda que 'Abu Shujaa' tinha no passado "escapado a tentativas de assassínio e de prisão" por parte das tropas israelitas, que nos últimos meses intensificaram as suas incursões em campos e cidades palestinianas nas zonas autónomas.
O exército de Israel tinha anunciado anteriormente a morte, na Cisjordânia ocupada, do dirigente da Jihad Islâmica palestiniana, Mohammed Jaber, conhecido como 'Abu Shujaa', e de outros quatro militantes, numa troca de tiros.
Num comunicado, as Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) disseram que os cinco palestinianos foram mortos depois de procurarem refúgio numa mesquita em Tulkarem, um dos bastiões das milícias palestinianas no norte da Cisjordânia.
As IDF identificaram Jaber como o comandante da brigada da Jihad Islâmica em Tulkarem e alegaram que "esteve envolvido em numerosos ataques terroristas, incluindo o tiroteio em que o cidadão israelita Amnom Muchtar foi assassinado".
Em junho, Muchtar, de 67 anos, morreu após ter sido baleado no automóvel que dirigia na cidade de Qalqilya, na Cisjordânia.
No final de junho, as IDF tinham lançado três mísseis contra a casa de Jaber em Nur Shams, também na zona de Tulkarem, matando um familiar do dirigente da Jihad Islâmica.
De acordo com fontes palestinianas, o exército de Israel matou na quarta-feira pelo menos 11 palestinianos e feriu mais de 20 em ataques militares terrestres e aéreos em três pontos do norte da Cisjordânia.
As operações do exército israelita e os ataques dos colonos israelitas na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental já provocaram a morte de cerca de 660 palestinianos, incluindo pelo menos 147 menores, de acordo com fontes palestinianas.
Do lado israelita, 22 pessoas morreram até agora este ano (11 militares fardados e 11 civis, pelo menos seis deles colonos), a maioria em ataques perpetrados por palestinianos, como tiroteios ou esfaqueamentos.
Na quarta-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros israelita, Israel Katz, propôs a retirada temporária de população da Cisjordânia para "destruir infraestruturas terroristas".
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