"As equipas de defesa civil encontraram 16 corpos" entre as 38 pessoas dadas como desaparecidas na aldeia de al-Mahwit, na província com o mesmo nome, controlada pelos rebeldes xiitas, disse um funcionário local citado pelo canal.
Um relatório anterior dizia que 12 pessoas tinham morrido e 21 estavam desaparecidas nesta localidade, onde deslizamentos de terra e quedas de rochas destruíram muitas casas na noite de terça-feira.
"As estradas cortadas pelas inundações dificultaram a chegada das equipas de socorro durante várias horas (...), mas as operações [que começaram na quarta-feira] continuam", indicou o vice-primeiro-ministro Huthi Mohamed al-Mouftah à al-Massira.
As chuvas torrenciais que têm assolado o oeste do país desde há uma semana causaram danos generalizados nesta região empobrecida, bem como na província vizinha de Hodeida.
Na cidade de Hais, Ahmed Souliman diz ter perdido tudo. "As inundações arrastaram as nossas casas, o nosso gado, todos os nossos bens, os nossos cobertores e tudo o que havia em casa".
"Os nossos pertences, as nossas camas, a nossa comida (...) as inundações arrastaram tudo", concordou outro residente da aldeia, Saud Majashi.
As autoridades Huthis, que controlam a capital, Sana, e vastas zonas do país, anunciaram na quarta-feira a criação de um comité para gerir a crise e afirmaram ter começado a fornecer alimentos e abrigo às famílias afetadas.
País mais pobre da Península Arábica, o Iémen está dilacerado desde 2014 por um conflito entre os rebeldes apoiados pelo Irão e o governo apoiado por uma coligação liderada pela Arábia Saudita.
Entre o final de julho e 19 de agosto, as chuvas sazonais mataram cerca de sessenta pessoas e afetaram 268.000, segundo as Nações Unidas.
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