Quatro mortos, incluindo uma criança, em ataques russos em Kharkiv

Quatro pessoas, incluindo uma criança, morreram hoje em ataques aéreos russos em Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, informaram as autoridades locais, numa altura em que Moscovo mantém bombardeamentos intensivos enquanto as suas tropas progridem no leste do país.

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© REUTERS/Sofiia Gatilova

Lusa
30/08/2024 15:44 ‧ 30/08/2024 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"No distrito de Nemishlianskii, os ocupantes mataram uma criança num parque infantil. Pelo menos outras três pessoas ficaram feridas na zona", indicou o presidente da câmara da cidade, Igor Terekhov, na rede Telegram.

 

Outras três pessoas morreram num "edifício em chamas" durante outro ataque no bairro denominado Industrialny, segundo o autarca.

"Como resultado dos ataques inimigos em Kharkiv, 28 pessoas ficaram feridas", disse Oleg Synegoubov, chefe do distrito militar local no Telegram, especificando que os "serviços de resgate continuam o seu trabalho".

Synegoubov também partilhou um vídeo na mesma rede, mostrando carros e apartamentos em chamas, libertando um fumo negro e espesso.

Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, fica a cerca de 40 quilómetros da fronteira com a Rússia e tem sido constantemente bombardeada desde o início da invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022, altura em que forças terrestres russas chegaram a entrar na cidade mas foram repelidas pela defesa ucraniana.

Em maio, as tropas russas voltaram a atacar a região a partir da fronteira, tendo sido mais uma vez travadas pelas forças ucranianas.

No entanto, o Exército russo mantém a sua progressão no leste do país, na província de Donetsk, onde hoje reivindicou a captura de mais três aldeias, uma delas na região de Kharkiv.

O Ministério da Defesa russo disse ter capturado três pequenas localidades: Novojelanne e Kostiantynivka, na região de Donetsk, e Synkivka, na região de Kharkiv.

Novojelanne está situada a cerca de 20 quilómetros a sudeste de Pokrovsk, um importante centro logístico, que tem sido alvo há várias semanas das tropas russas, que se aproximam cada vez mais da cidade.

"A situação mais difícil continua a ser a direção de Pokrovsk. O inimigo está a tentar romper as defesas das nossas tropas. Mas, neste momento, os ataques foram repelidos", informou hoje o comandante do Exército ucraniano, Oleksandre Syrsky, durante uma reunião do governo.

A 46.ª Brigada Aeromóvel Ucraniana anunciou hoje ter repelido um grande ataque das forças russas perto de Kurakhove, em Donetsk, e a destruição de 13 veículos blindados de combate inimigos.

"Na quinta-feira, 17 veículos blindados de todos os tipos tentaram romper as nossas defesas. Apenas quatro, os mais inteligentes, conseguiram regressar às suas fileiras principais", escreveu a brigada nas redes sociais, anexando um vídeo da batalha.

Segundo a brigadas, 13 veículos russos foram destruídos por minas, artilharia, mísseis antitanque e pequenos drones 'kamikaze'.

As suas tripulações e a infantaria que transportavam foram também visadas. Alguns morreram enquanto viajavam nos veículos, enquanto outros foram atingidos por drones quando tentavam atacar ou fugir do campo de batalha a pé.

De acordo com a 46.ª brigada, não passa um dia sem que as forças russas lancem um novo ataque, embora até agora as forças ucranianas tenham conseguido repelir ou manter ao mínimo os avanços russos na área, segundo a plataforma analítica DeepState.

Durante a reunião hoje na capital ucraniana, o comandante das Forças Aramadas ucranianas declarou ainda que a ofensiva ucraniana continua na região russa de Kursk, afirmando que as tropas de Kyiv avançaram "até dois quilómetros em determinados setores" nas últimas 24 horas.

Apesar deste ataque surpresa lançado por Kyiv em 06 de agosto na região de Kursk, Moscovo continua a ganhar terreno regularmente na região de Donetsk, que se mantém como o centro dos combates.

A situação é "extremamente difícil" para o Exército ucraniano perto de Pokrovsk, admitiu na quarta-feira o Presidente Volodymyr Zelensky, referindo, no entanto, que a ofensiva na Rússia permitiu aliviar a pressão no leste do seu país.

Leia Também: Ucrânia pede à Mongólia que cumpra mandado do TPI e prenda Putin

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