O Comando Central militar dos EUA (Centcom), responsável pelo Médio Oriente, alegou que os militantes estavam armados com "numerosas armas, granadas e cintos explosivos 'suicidas'" durante o ataque na madrugada de quinta-feira, que as forças iraquianas disseram ter acontecido no deserto de Anbar.
"Esta operação teve como alvo os líderes do EI para perturbar e degradar a capacidade do EI de planear, organizar e conduzir ataques contra civis iraquianos, bem como contra cidadãos, aliados e parceiros dos EUA em toda a região e fora dela", disse o Centcom.
"As forças de segurança iraquianas continuam a explorar ainda mais os locais invadidos", disse o comando, acrescentando que "não há indicação de vítimas civis".
Sete soldados norte-americanos ficaram feridos durante a operação disse o Centcom à agência de notícias France--Presse esta madrugada.
Os sete feridos estão "em condições estáveis", acrescentou um responsável do Comando.
Horas antes, as Forças Armadas iraquianas tinham reivindicado a morte de 14 membros do EI, incluindo "líderes do grupo terrorista", que o Exército dos EUA e os serviços de informações iraquianos tinham vindo a seguir nos últimos dois meses na zona de Al Huzaimi, localizada a leste de Wadi al Ghadaf.
Num comunicado, os militares iraquianos disseram que aviões de guerra do país realizaram "sucessivos bombardeamentos surpresa" nas bases dos alegados terroristas.
De seguida, vários soldados realizaram um ataque terrestre para cercar a área e "surpreender os líderes entrincheirados no local".
A operação foi realizada com a cooperação e coordenação técnica da coligação internacional liderada pelos Estados Unidos, que está destacada no Iraque desde que o EI assumiu o controlo de grandes áreas do país, em 2014.
O Exército iraquiano disse ter destruído os abrigos, túneis, armas e munições na posse dos homens armados e confiscou uma série de documentos e "importantes dispositivos de comunicação".
Nos últimos meses, o Exército iraquiano intensificou os ataques contra alegados esconderijos do EI no oeste e centro do Iraque, onde o grupo fundamentalista islâmico ainda mantém células ativas a partir das quais realizam ataques esporádicos, principalmente contra as forças de segurança.
O EI controlou grandes áreas no Iraque desde 2014 até à sua derrota territorial em 2017, mas o grupo ainda tem milhares de combatentes em múltiplas células na Síria e no Iraque, de acordo com relatórios do Conselho de Segurança da ONU.
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